sábado, 3 de março de 2012

Mediunidade e universalismo



Muitas pessoas dizem temer a morte. Temem o desconhecido, o nada, o fim da existência... afinal, “ninguém voltou para dizer como é lá!”. Terrível engano, ou melhor, grande ignorância. A comunicação com os “mortos” acontece desde a Antiguidade. Tanto os xamãs das tribos indígenas como as pitonisas gregas já demonstravam, indubitavelmente, a realidade da mediunidade. Sua prática era tão comum que chegava ao ponto (como ainda acontece nos dias de hoje) de ser banalizada e mistificada, isso quando não era usada para fins escusos, fazendo com que o grande mago e legislador hebreu Moisés a proibisse.

Atributo intrínseco do espírito imortal, a capacidade mediúnica independe da religião adotada pelo indivíduo. Entre os médiuns, encontram-se católicos, protestantes, espíritas, hindus, umbandistas, etc. A questão é saber usufruir desta mediunidade de forma consciente e proveitosa.
Cada religião cumpre seu papel social e todas possuem ensinamentos valiosos. Os espíritas não podem se dar ao luxo de estudar apenas o Espiritismo ou achar que a doutrina espírita é melhor que outras correntes espiritualistas – colocando a obra kardequiana como a representante da mais pura verdade, inquestionável, sendo que a codificação, assim como toda doutrina religiosa, possui certas crenças e valores culturais que nem sempre correspondem à realidade. Kardec já previa isso, tanto que nos aconselhou a andarmos lado a lado da Ciência, mas, muitos espíritas transformaram o Espiritismo em mais uma religião dogmática.
Como Kardec, precisamos estar sempre abertos às ideias evolutivas, venham de onde vierem. O fundamental, como o próprio codificador fez, é mantermos o bom senso, não nos esquecendo do combustível chamado “intuição”.
A doutrina espírita tem um grande mérito. Em pleno século XIX, ela procurou criar a ponte entre a Religião e a Ciência. Grandes pesquisadores e cientistas demonstraram a realidade da vida após a morte e a veracidade da mediunidade. Nomes como Willian Crookes, Ernesto Bozzano, Léon Denis, Cammille Flamarion, entre tantos.
Não apenas com estudo, mas, sobretudo, com a experiência direta do mundo espiritual (por meio da projeção astral, da clarividência, da mediunidade, etc.) e com o autoconhecimento, a maneira de encarar a vida se modifica. O indivíduo eleva seus valores, seleciona melhor o que vale a pena ser vivenciado, evitando vários transtornos e sofrimentos resultantes de uma vida desprovida de espiritualidade. Neste ponto, ele não teme mais a morte, pois aprendeu a viver a vida. Sabe que a existência transcende os planos físicos mais densos, e percebe, nas profundezas de seu Ser, que é a própria manifestação de Deus, eterno... imortal.
RCE On  line
PAZ E LUZ!

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