domingo, 29 de novembro de 2009

O poder da mente




Temos um poder imensurável, que é o nosso poder mental. Aprender a usar a força do pensamento pode ser um fator decisivo com relação à auto-cura espiritual. 
Através do pensamento, o ser humano torna-se co-criador do Universo, como afirmou o espírito André Luiz em uma de suas obras. É responsável pelo seu próprio destino e senhor das forças psíquicas capazes de promover a saúde, o bem-estar e a alegria de viver, tanto para si mesmo quanto para os seus semelhantes.
Na prece, a pessoa deve ser movida pela força de quem verdadeiramente ama a Deus, e pedir coisas justas, de acordo com as suas Leis. Esse ensinamento encontra-se na primeira epistola de S. João: “Se pedirmos alguma coisa, segundo a Sua vontade, Ele nos ouve” (I Jo 5,14), significando que nossas ânsias serão atendidas se estiverem de acordo com a Lei Divina ou natural – o Amor.
A faculdade de realizar curas espirituais é inerente à alma ou espírito, como disse o apóstolo Paulo: que são dados “pelo mesmo Espírito, os dons de curar” (I Cor 12,9). Praticamente, todas as pessoas possuem essa faculdade e podem participar das realizações que se destinam à cura psicobioenergética das doenças, conforme atesta o espírito de Joanna de Ângelis.
O amor é o subsídio maior para a realização de todas as modalidades de curas espirituais, tanto quando são centradas em ações para benefício da própria pessoa, como quando são direcionadas para a ajuda aos semelhantes. Amor, Imbatível Amor, do espírito Joanna de Ângelis, é um livro recomendado para entendermos esta temática.
Allan Kardec, em O Evangelho Segundo o Espiritismo, diz que “a fé não se prescreve, nem se impõe”. Fala da fé cega e da fé raciocinada. A fé cega é a que aceita as coisas sem uma análise mais profunda, e afirma que somente a fé que se baseia em fatos tem o mérito da veracidade – a fé raciocinada.
A fé é uma virtude maravilhosa que ajuda sempre o ser humano, na condição de quando almeja alguma coisa para si mesmo ou para seus semelhantes, e quando atua como intermediário nas ações de cura espiritual dos doentes que o procuram, uma das razões que o doce amigo proferiu “a fé move montanhas”...


A cura quântica
O Dr. Deepak Chopra, no livro A Cura Quântica, descreve a cura de doenças como o cancro utilizando a energia mental. Suas observações foram feitas na cidade de Boston, nos Estados Unidos, sob rigoroso controle de diagnóstico e de evolução dos doentes tratados.
A cura quântica evidencia a ligação entre a Ciência e a Moral – a ciência do bem. Desta maneira, já não existe razão para que a Ciência e a fé se mantenham separadas (quando falamos de fé referimo-nos a uma fé racional, liberta de crendices, superstições e dogmas). Para tanto, vale a pena lembrar as palavras de Thomas Edison, espírito, contidas no livro Reflexões no meu Além de Fora, ditado pelo espírito Delfos: “Fé sem ciência é fanatismo; ciência sem fé pode ser loucura”.
Em O Evangelho Segundo o Espiritismo, cap. XIX – A Fé Transporta Montanhas – podemos analisar e demonstrar sob um prima puramente científico o que Jesus queria nos transmitir há mais de 2000 anos:
“Quando ele veio ao encontro do povo, um homem se lhe aproximou e, lançando-se de joelhos a seus pés, disse: Senhor, tem piedade do meu filho, que é lunático e sofre muito, pois cai muitas vezes no fogo e muitas vezes na água. Apresentei-o aos teus discípulos, mas eles não o puderam curar. Jesus respondeu. dizendo: ‘Ó raça incrédula e depravada, até quando estarei convosco? Até quando vós sofrereis? Trazei-me aqui esse menino’. E tendo Jesus ameaçado o demônio, este saiu do menino, que no mesmo instante ficou são. Os discípulos vieram então ter com Jesus em particular e lhe perguntaram: ‘Por que não pudemos nós outros expulsar esse demônio?’ Respondeu-lhes Jesus: ‘Por causa da vossa incredulidade. Pois em verdade vos digo, se tivésseis a fé do tamanho de um grão de mostarda, diríeis a esta montanha: Transporta-te daí para ali e ela se transportaria, e nada vos seria impossível” – S. Mateus, cap. XVII, vv. 14 a 20.
Item 5. “O poder da fé se demonstra, de modo direto e especial, na ação magnética; por seu intermédio, o homem atua sobre o fluido, agente universal, modifica-lhe as qualidades e lhe dá uma impulsão por assim dizer irresistível. Daí decorre que aquele que a um grande poder fluídico normal junta ardente fé, pode, só pela força da sua vontade dirigida para o bem, operar esses singulares fenômenos de cura e outros, tidos antigamente por prodígios, mas que não passam de efeito de uma lei natural. Tal o motivo por que Jesus disse a seus apóstolos: se não o curastes, foi porque não tínheis fé.”.
Ligia Almeida - AME Porto

PAZ E LUZ!

domingo, 8 de novembro de 2009

Evolução




Quantas vezes já não nos questionamos a respeito de nossa existência, suas causas e, consequentemente, o infinito amor de Deus, que ainda permite a maldade nos homens e o "castigo" para aqueles que nascem e vivem sem a menor perspectiva de vida?
 Ao lembrarmos daquela frase “a cada um conforme suas obras”, passamos a refletir sobre esse amor divino que nos concede, através da reencarnação, infinitas oportunidades de reajuste perante nosso passado não muito distante, no qual nos encontrávamos equivocados sobre a verdadeira essência do que é viver.
Se plantarmos dor, colheremos dor, mas ao semearmos amor, colheremos amor. Esta é a lei universal que elucida nossas mentes, que descortina a importância da renovação para os olhos do espírito. Assim, devemos buscar a compreensão de que a evolução do homem ocorre através dos tempos. Somos indivíduos que conquistaram virtudes por meio das realizações, ampliando o ângulo visual de nossas consciências, expandindo forças que revigoram nossos passos a cada mudança direcionada ao bem incondicional. Dessa forma, passamos a entender o processo regenerativo adquirindo novos conceitos sobre uma nova realidade.
Porém, muitos de nós, ao entrarem em um centro espírita portando dificuldades, acreditam no simples fato de que, saindo dali, deixarão de estar agregados às problemáticas que nos causam o sofrimento, vivenciando a certeza ilusória de que a espiritualidade possivelmente tomará para si aquilo cujo aperfeiçoamento ou correção cabe a nós, refletindo dentro do aspecto fantasioso que criamos e relacionando os espíritos às nossas dificuldades, isentando-nos de qualquer resolução. Trata-se de um grande equívoco!

Tarefas e obstáculos
Quando lembramos da frase “Deus não dá ao seu filho uma cruz da qual não tenha condições de carregar”, passamos a perceber a profundidade do ensinamento e iniciamos o entendimento de que todos nós temos tarefas para cumprir e obstáculos a serem superados. Sabemos da existência do amparo e auxílio da espiritualidade para todos, mas não devemos distorcer as coisas, confundindo ajuda com resoluções. Somos nós mesmos que, em cada encarnação, procuramos burilar sentimentos, modificar pensamentos, percorrer as estradas da evolução, sempre aprendendo e ensinando uma nova lição.
Mas como ficam os tratamentos espirituais que buscamos para nossa melhora, os passes? Quantos de nós já não ouviram ou pronunciaram algo como “estou procurando tratamento espiritual há anos e ainda me encontro na mesma situação de quando iniciei”?
As energias que revigoram o ser humano são mantidas na criatura, propiciando sua melhora quando busca realmente adquiri-las. Como? Alterando posturas, deixando para trás sentimentos, pensamentos e ações que nos prendem às condutas infelizes e dificultam a transformação do mal que ainda existe em nós no sentimento oposto que tanto almejamos sentir.
Milagres e destinos não existem, a natureza não dá saltos. Através do livre-arbítrio, somos nós que optamos por este ou qualquer outro caminho, refletindo nossa personalidade atual e passando a reconhecer ou não, através de uma maior compreensão, a possibilidade existente em tudo aquilo que, antes, julgávamos ser impossível de alcançar. Mas e quanto ao sobrenatural, às almas de outro mundo, aos fantasmas e espíritos que habitam regiões trevosas? Por que Deus permite a existência desse mal?

Estágios de evolução
O fato de desencarnar não santifica ninguém, não há mágicas nem mudanças fenomenais. Se a criatura compartilhava ideais de teor menos felizes em sua vida física, ela buscará e experimentará as mesmas atitudes com as quais tem afinidade ao retornar para a vida espiritual. Trata-se de um ser que ainda não assimila ou valoriza o aprendizado do amor, não entende que mesmo o mal e a incompreensão possuem seu limite de tempo para serem reconhecidos e vivificados ao seu próprio alicerce no bem.
Os espíritos que chamamos de malévolos, trevosos, demônios ou obsessores nada mais são do que seres em ascensão, criados pelo mesmo infinito amor de Deus como todos nós, mas que ainda não conseguiram compreender o tempo e o espaço para o necessário reajuste de suas próprias consciências, percorrendo um lento processo de assimilação a respeito da necessidade de se educarem através da cartilha do amor. Não podemos nos esquecer que somos espíritos criados simples e ignorantes. A cada oportunidade, seja no plano físico ou espiritual, complementamos nosso aprendizado como viajores do tempo em busca da evolução. Através do conhecimento adquirido, passamos a compreender melhor os desígnios da vida, que refletem em cada ser a necessidade de alcançar o progresso perante nossas próprias consciências.
Estejamos sempre conscientes sobre o que nos compete realizar, procurando o estudo para compreender melhor o fato de que, em nossa vida, não existem mistérios ou fantasias, destinos ou imposições, mas infinitas oportunidades de adquirirmos respostas para inúmeros questionamentos nossos. Quem somos? Somos filhos de Deus. De onde viemos? Viemos de Deus. Para onde vamos? Voltaremos para Deus de forma sublime, em sentimentos, por intermédio do conhecimento e das experiências acumuladas nas várias existências, dentro do processo evolutivo.

 Revista Cristã de Espiritismo, edição 20.


PAZ E LUZ!

domingo, 1 de novembro de 2009

Carma:punição ou reequilíbrio?




Nós sabemos o que seja carma (ou karma)? Por que, parece, que carma virou explicação para todo problema, toda situação triste ou infeliz na vida das pessoas. Mas quem é esse tal de carma? De onde ele vem?
Inicialmente, é importante entender, que não devemos nos prender demais ao conceito de carma (karma, em sanscrito). 
Quando se usa o termo carma, há uma conotação de fatalidade, enquanto que a Doutrina enfatiza a possibilidade de minimizar ou até eliminar as ocorrências de sofrimento, mediante uma ação positiva no bem.
Carma, meus irmãos, ao invés de ser um castigo como muitos pensam, é sinônimo de reequilíbrio.

E a vida material é a maravilhosa e insubstituível escola que possibilita que aprendamos e tomemos consciência das nossas atitudes erradas nesta e em vidas pretéritas.
Mas como é que o carma aparece? Do nada? Em um passe de mágica? Não! O Princípio do Livre Arbítrio dá ao homem o direito de escolher seus caminhos, de ser o autor de sua história, o construtor do seu destino. Entretanto, o Princípio de Causa e Efeito, Plantação e Colheita, torna o homem refém de seus atos, das suas escolhas.
Nós construímos nosso carma, no exercício do nosso livre arbítrio, na escolha de nossas opções. E optar, não é o que sempre estamos fazendo? Ajudo ou prejudico? Cuido da minha saúde ou me vicio em drogas? Sou amigo ou inimigo? Prego a paz ou fico criando intrigas? Elogio ou critico? Trabalho ou fico ocioso? Construo ou quebro? São as nossas escolhas! Nossas decisões!
Nós, meus queridos irmãos, somos os únicos responsáveis pela escolha do nosso caminho. O problema, é que, após a escolha, temos que trilhar pelo caminho escolhido!
Útil, não é necessariamente aquele que quando está na erraticidade, solicita reencarnar como um deficiente, para purgar atitudes equivocadas. Muito mais importante é aquele que procura, quando está encarnado, adquirir condições para, na próxima vez, reencarnar perfeito, para auxiliar, construtivamente, os seus irmãos.
A expiação, muitas vezes, por conta de uma visão distorcida, soa como castigo divino. Mas, nós, espíritas, sabemos e devemos demonstrar pelo exemplo, que as deformidades físicas não estão punindo, mas eliminando as deformidades perispirituais, que causamos anteriormente.
Podemos atenuar, ou mesmo eliminar, as situações cármicas? Sim, por atos de amor.
Cabe a nós demonstrarmos “que o amor cobre uma multidão de pecados”. As pessoas quando enfrentam uma situação difícil, seja ela física, financeira ou psicológica e que não sabem, não conseguem, nem desejam modificá-la, enfrentando-a, costumam dizer: – Não posso mudar. É meu carma. Eu sou assim! É a anestesia da consciência! É o famoso complexo de Gabriela! Sabem aquela música? Eu nasci assim, eu cresci assim, eu vivi assim... E com isso, tenta esquecer que a sua obrigação é mudar! É progredir!
Dentro desta verdade divina, não existe o perdão de Deus, pois recebemos segundo o que obrarmos, ou seja, segundo o que fizermos. Deus não nos criou para nos punir! Deus é amor... e o Carma não é punição Divina: é conseqüência retificadora. 
Considerando que a Lei de Causa e Efeito, é uma Lei Divina, e que as Leis Divinas foram escritas por Deus, conclui-se que: “Na natureza não há prêmios ou castigos. Há conseqüências”!
A falsa noção de carma inflexível, nos conduz a dois grandes erros. Um é que o Espiritismo, prega ou endossa a necessidade da dor; isto não é verdade.
A dor só seria uma necessidade, se o Espiritismo pregasse que todos deveríamos ser um grupo de masoquistas! O que a Doutrina dos Espíritos demonstra com clareza, é a utilidade da dor, quando persistimos no egoísmo, no orgulho, na vaidade e demais defeitos lesivos à comunhão de solidariedade com os semelhantes. A dor não é uma criação divina. A dor é criação de quem sofre! 
O outro erro é a crença de que a Doutrina Espírita, aconselha o conformismo diante da “má sorte”; isto também não é correto; o que ela ensina é a resignação, atitude bastante diferente, adequada para nos fazer aceitar sem desespero aquilo que não podemos mudar.
Compreendamos, o carma como espécie de conta corrente das ações que praticamos no Banco deste mundo, onde há séculos caminhamos endividados, cadastrados no SPC da vida, pela constante emissão de cheques sem os necessários fundos de bondade, caridade, amor, etc... Resgatemos nosso débito, limpemos o nosso nome no SPC, emitindo cheques com a devida provisão de fundos e isso é possível, através da prestação de serviços de caridade ao próximo, e estejamos convencidos de que, dessa forma, tanto economizaremos lágrimas, como conquistaremos um bom saldo de felicidade! “Aquele que muito amou foi perdoado, não aquele que muito sofreu.” O amor é que cobriu, isto é, resgatou a multidão de pecados, não a punição ou o castigo. 
Transformar ações, amando, é alterar nosso carma para melhor, atraindo pessoas e situações harmoniosas para junto da gente. É, em última instância, a nossa indispensável e indelegável reforma íntima!
Nós decidimos, nós plantamos e nós colhemos!

Nossa vida é simplesmente o reflexo das nossas ações. Se queremos mais amor no mundo, criemos mais amor no nosso coração.
Se queremos mais tolerância das pessoas, sejamos mais tolerantes. 
Se queremos mais alegria no mundo, sejamos mais alegres.
Nossa vida não é uma sucessão de coincidências, de acasos, nossa vida é a simples conseqüência de nós mesmos!!!

Aganaldo Cardoso  

PAZ E LUZ!