domingo, 30 de agosto de 2009

Terra, intercessão de umbral e céu


Vivemos na Terra num corpo denso e lento. Perdemos a maior parte do tempo em tranporte, alimentação, higiene e saúde e o resto é utilizado para sobrevivência. Já que não temos como nos livrar destas coisas por enquanto, podemos qualificá-las mais para viver melhor.
Você pode fazer de sua alimentação um hábito positivo ou negativo, assim como da higiene, saúde e o trabalho também. isto faz a diferença entre ser feliz ou não. Há pessoas que não sabem cuidar do corpo mesmo estando dentro dele, que dirá da alma. 
Se as pessoas não respeitam nem um objeto que vêem (o corpo), como vão respeitar algo que não vêem? Como respeitar os bons hábitos e até seus irmão encarnados? Como vão valorizar a ética e sequer a cosmoética? 
Apesar do desenvolvimento cerebral da espécie humana ter evoluído muito, a sua moral não a acompanhou. O homem tem o conhecimento e a técnica, mas não possui a sabedoria, a moral, a ética e a cosmoética que são o mais fundamental para a felicidade e evolução humanas. alguns seres evoluídos têm reencarnado discretamente neste planeta a fim de propiciar o desenvolvimento orgânico nervoso avançado nos humanos e deixado descendentes para que estas novas mutações genéticas se perpetuem. 
Outros seres igualmente evoluídos tem reencarnado a fim de trazerem a sabedoria em forma de amor e moral através dos milênios. O homem tem todos os recursos, os equipamentos e ferramentas para ser feliz e se realizar como um todo. Mas o egoísmo de muitos que só percebem a matéria lançam a maioria das massas num sofrimento de privações materiais insanas. 
Não importa se é karma, pois afinal tudo é karma. O fato é que o amor poderia diluir todo karma planetário em 24 horas se houvesse um perdão irrestrito e incondicional em todos os seres humanos simultaneamente. 
A Terra brilharia das trevas para a luz tão rápido como se liga um interruptor. Mas os egoístas multibilionários não acreditam que seriam mais felizes se repartissem o pão. 
Por outro lado, os que se chafurdam nas misérias humanas, teimam no orgulho mesquinho, com dificuldades de se arrepender sinceramente e se perdoarem consciencialmente. A culpa é desculpa para não trabalhar. 
O egoísmo e o orgulho são as piores misérias humanas. Enquanto o perdão e a humildade não permearem nossos corações e mentes, teremos uma vida atribulada, cheia de violências, preocupações e com futuro incerto. 
É muito fácil esperar um salvador ou algum ET místico, que venha modificar o mundo "para mim", já que não quero modificar a mim mesmo. A preguiça, o comodismo e o orgulho apenas embassam a visão consciencial de seus portadores. 
É difícil assumir a responsabilidade da reforma íntima e sentir-se tolo perante os "espertos" que a todos traem, pensando nas vantagens terrenas, que os lançam nos poços de lodo. 
Não queremos ser "passados para trás" nesta vida competitiva que nos torna tão infelizes. É duro assumir a responsabilidades de que tudo só depende de nós e nenhum salvador irá aportar por aqui fazendo milagres e movendo montanhas, pois Eles já nos visitaram e ninguém percebeu. 
Agora cabe a nós movermos as montanhas de nossos corações a abrir os mares de nossas mentes e fim de merecermos um mundo de paz. 
Sanat Khum Maat
Por Dalton Roque
PAZ E LUZ!

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Superando o sofrimento


“Saiba como superar o sofirmento que nos atinge, diante dos dissabores da vida, de acordo com Buda e Jesus, mas com a ótica da doutrina espírita.”

Por Helaine Ciqueto

Siddhartha Gautama, o Buda, nasceu no século VI a.C., no sopé do Himalaia, hoje o território do atual Nepal. Era filho do rei, e logo após seu nascimento, os sacerdotes do Templo identificaram em seu corpo os sinais de um grande homem, que libertaria a humanidade dos sofrimentos.

Aos dezesseis anos casou-se e teve apenas um filho. Em torno dos trinta anos resolveu empreender passeios sucessivos fora do Palácio onde vivia. E foi surpreendido por uma realidade que não conhecia.

Seus olhos se detiveram na figura de um velho trêmulo e enrugado, e assustado perguntou ao cocheiro o que era aquilo. O cocheiro lhe respondeu que era a vida, que todos passariam pela velhice, se não morressem jovens. Não sabia ele nada sobre a morte e nem sobre a doença, e sofreu um grande abalo ao constatar que o homem está invariavelmente sujeito a essas misérias.

Ao encontrar um monge mendicante, magérrimo e em farrapos, observou, que apesar da miséria e fome, tinha um olhar sereno, e conclui que há uma saída que conduz à libertação de todo o sofrimento humano.

Regressou, então, ao palácio e informou a seu pai sobre sua disposição de abandonar tudo e seguir um grupo de eremitas brâmanes, em busca da certeza e do absoluto que dessem um sentido à vida.

Tornou-se um asceta, uma seita religiosa severa e extremista. Passa então, vivendo seis anos, entregando-se a jejuns e penitências mortificadoras. A lenda conta que, nessa época, alimentava-se com apenas um grão de arroz por dia.

Ao fim desse período, já totalmente esquelético, no limite de suas forças, compreendeu que o enfraquecimento do corpo e das faculdades espirituais não o levariam à libertação e à compreensão da Vida e que tanto as privações, bem como a satisfação dos prazeres mundanos não elevariam ninguém.

Renunciou o ascetismo e reequilibrou seus hábitos. Aos 35 anos teve um momento de Iluminação ao reconhecer no mal, a causa de todos os sofrimentos e vislumbrou os meios pelos quais poderia triunfar sobre eles, como por exemplo: o refreamento das tendências egoísticas e dos desejos que perturbam a mente de todo ser humano.

Seguiram-se 40 anos de intermináveis peregrinações e pregações de Buda e de seus discípulos, que foram se espalhando pela Índia.

Morreu aos 80 anos e não deixou nada escrito.

Tanto antes de Buda, como após ele, a humanidade foi alavancada (ou premiada) por inúmeros “Avatares”, que através dos tempos foram ensinando a humanidade, principalmente através de seus exemplos de vida, a progredir e superar as dificuldades e sofrimentos, em uma ascendente, mas lenta, evolução.

O sofrimento humano é inevitável pela própria condição planetária. Ex.: a velhice, que implica no desgaste orgânico, energético; a viuvez, a porcentagem do casal desencarnar junto é mínima, às vezes se separa bem antes de enviuvar.

Aquele que não aceita a condição do planeta de provas e expiações, sofrerá dobrado: sofre pelo sofrimento.

É sobre a falta de resignação que trata o Evangelho Segundo o Espiritismo, no capítulo citado. O estudo da Doutrina Espírita e de seus princípios nos auxilia a conquistar essa virtude, através do conhecimento de quem somos de onde viemos e para onde vamos.

A humanidade em geral, sofre também, pela impermanência e pelos condicionamentos.

Esse tipo de sofrimento se baseia no fato do ser humano estar sempre ávido pela fruição de prazeres transitórios e se esquece que, tudo que se refere à matéria e ao corpo, passará.

As pessoas não se contêm na satisfação de seus desejos, se desesperam em conquistar bens transitórios. Há uma ânsia generalizada que as impulsiona a desejar mais e mais, para satisfazer a necessidades nem sempre explicáveis. São desejos materiais que não são permanentes, variam e crescem a cada dia. Ex.: Quem casa quer casa , depois quer casa maior, depois quer sítio, depois casa na praia, carro, dois carros...

Vê-se pessoas queixando-se constantemente dos preços ao invés de adaptarem seus gastos e suas necessidades aos seus proventos. Apegam-se a coisas que vão passar, que não são permanentes e sofrem pelos condicionamentos a que se sujeitam, como títulos, beleza, posição, e até sexo ( pessoas que não aceitam ser homem ou mulher, pai ou mãe, etc.)

É a falta de ajuste, adequação ao novo momento reencarnatório, o problema de ser e o de estar: não sou homem, estou homem, na verdade sou um espírito.

Outros se empenham compulsivamente na satisfação de prazeres efêmeros e se comprometem por várias existências por não conseguirem abdicar dessa dependência. Ex.: cigarro, álcool, Posteriormente, começamos a culpar o nosso semelhante mais próximo por nossas ”dores e desgraças”. Ex.: Bebo por causa de minha mulher, ela é perfeita demais, estou nas drogas por causa de meus pais, eles são quadrados e não me entendem, etc..

É fundamental detectar a causa de nossos sofrimento dentro de nós mesmos. Enquanto continuarmos acusando o próximo por nossa infelicidade, não cresceremos, não amadureceremos.

DEUS é tão bom, que colocou a solução para nossos problemas em nós mesmos, assim temos alcance para solucionarmos todos eles. Se a culpa fosse dos outros, não teríamos todas essas possibilidades de solução, pois estaríamos na dependência do outro, querer ou não nos ajudar.

Depois de conscientizados de que a causa de nossas aflições está em nós mesmos, precisamos entender que elas se originam de duas fontes: umas têm causa na vida presente e outras, fora dela.

A maioria dos males terrestres são conseqüência natural do caráter e da conduta daqueles que os suportam. A maior parte são vítimas de sua imprevidência, de seu orgulho e de sua ambição!

A falta de ordem, de perseverança, de limite em seus desejos, a má conduta arruinam qualquer pessoa. (Evangelho/Item 4 - Cap. V)

Muitas vezes há males que parecem nos atingir por fatalidade, sem causa aparente, mas não podemos nos esquecer da lei divina da Causa e do Efeito, e se esses males não têm um motivo atual, com certeza a causa está em uma existência anterior, pois Deus é Justo e Bom e não permitiria sofrimentos a quem não os merecesse.

Como então, encontrar a felicidade, ao menos relativa, neste mundo de provas e expiações?

Simplificando a vida, renunciando o que é supérfluo, adequando-se às suas condições financeiras, familiares, profissionais, físicas, intelectuais, etc.

É preciso diferenciar as necessidades materiais em essenciais e interessantes ou supérfluas. Seremos infelizes se não possuirmos o necessário, roupa, alimento, emprego, e para isso é preciso lutar para tê-los.

Trabalhemos, portanto.

O trabalho para o bem transforma-se em felicidade, ocupa a mente.

As aflições têm por objetivo trabalhar nossos potenciais, desenvolver nossa plenitude. Como saber se temos capacidades, se não passamos por testes e avaliações?

Podemos vencer as aflições possíveis de serem vencidas e exercitarmos a resignação para aceitar o inevitável.

Portanto as aflições não são castigo Divino, e sim testes e aprendizado.

Diante de uma aflição é preciso evitar queixumes, lamentações. No Evangelho, Cap. V, 18, há ensinamentos sobre a postura diante do sofrimento. É instrução sobre o bem e o mal sofrer.

De nada vale sofrer revoltado ou em forma de vítima. Muitos nem mesmo reclamam, mas possuem uma postura mental de derrotados, vítimas sofredoras, que atraem cada vez mais vibrações negativas para si.

Diante de um sofrimento, coragem, confiemos em Deus, esperemos mais de Deus, sejamos pacientes e perseverantes.

Artigo RCE nº 04

PAZ E LUZ!


domingo, 23 de agosto de 2009

Onde está a nossa fé?



Podemos, de uma forma bem simples, entender a fé como a certeza de que Deus nos ama e que tudo que a vida nos apresenta é para nosso bem. Quantos discursos já não ouvimos em nome do poder de um pensamento positivo? Quantos artigos e livros já não lemos discorrendo sobre o poder da mente? Quantas e quantas vezes não ficamos demoradamente a refletir sobre essa força maravilhosa da fé? E, assim mesmo, quantas vezes nos falta esse sentimento quando nos deparamos com as dificuldades!


Não falo em nome de todos, isso é óbvio, mas acredito que para um grande número de pessoas isso acontece; a falta de fé.


A fé e o espiritismo


Aprendemos na doutrina espírita que nascemos, ou melhor, renascemos neste planeta para continuarmos nossa evolução espiritual. Isso quer dizer que aqui estamos para aprendermos novas lições, reaprendermos as não assimiladas, para conhecermos e superarmos nossas fraquezas, consolidarmos nossas virtudes, nos reabilitarmos perante aqueles que prejudicamos (nesta ou em outra encarnação) e perdoarmos quem nos agride, entre tantos outros propósitos que poderíamos enumerar. Observando a vida dessa forma, fica mais fácil compreendermos que, com tantas atividades inerentes ao nosso aprendizado, é natural que, de vez em quando, tenhamos alguns contratempos, alguns dissabores, desilusões e outros tipos de “dores”, como também teremos momentos de grande alegria e prazer. O tempo e a intensidade do nosso sofrimento ou prazer estará sempre relacionado com nossa forma de “sentir a vida”.
Já percebeu como reagimos de forma diferente aos acontecimentos ou situações da vida? Tomemos como exemplo um dia frio e chuvoso de inverno. Talvez um de nós diga que o dia está cinzento e feio e que fica muito triste num dia assim, enquanto outro possa sentir-se confortável e propenso a reflexões e ajustes no seu trabalho ou vida particular, e sinta até uma grande paz. Se perguntássemos a mais pessoas, outras opiniões divergiriam das nossas com toda a certeza.
Os “problemas” da vida se processam da mesma forma, pois dificuldades todos nós temos, momentos de incertezas, de dor, de inquietações são comuns a todos nós, só que a maneira de reagirmos a eles é que diferem. É a força da nossa fé que vai fazer com que o sofrimento dure um maior ou menor tempo, e ainda, se ele existirá ou não.


Deus em nós


Podemos, de uma forma bem simples, entender a fé como a certeza de que Deus nos ama e que tudo que a vida nos apresenta é para nosso bem, tudo mesmo. Compreendendo a vida atual como uma sala de aula e nós como alunos aplicados, fica fácil entender que quanto mais nos aplicarmos aos estudos, mais fácil ficará o aprendizado e mais tranqüila as provas de conhecimento. Falar, bem sei que é fácil, mas, ter a confiança de que somos orientados e conduzidos por mãos hábeis e bondosas não é impossível, pois precisamos analisar se acreditamos ou não em Deus.
Cada um de nós deve ter uma concepção diferente de Deus, mas seja ela como for, é de grande importância que nos habituemos a sentir a presença Divina em todos os momentos; tanto nos de alegria como nos de tristeza, nos de paz ou de guerra; quando estivermos agindo bem e quando não estivermos também. Se vivermos de acordo com a base religiosa que todos nós temos, se colocarmos realmente em prática o “seja feita a Tua vontade”, viveremos então com fé e sentiremos a Presença Divina em nós.
A observação das leis da vida é muito importante, mas é na prática delas que conheceremos seus resultados, e já que todos nós entendemos o valor da fé, façamos nosso dever de casa vivendo com entusiasmo e com a certeza de que a paz, o amor e a alegria são nossa meta final.



Escrito por Humberto Pazian - RCE21


PAZ E LUZ!


terça-feira, 18 de agosto de 2009

Doenças e saúde holística


Em uma visão holística, a doença, seja ela física ou mental, é apenas um sinal de que alguma coisa não vai bem com a pessoa...


Em nossa cultura vivemos quase sempre buscando combater a doença, haja vista o número de remédios, farmácias, hospitais, etc. que as pessoas buscam no sentido de se libertarem dos seus males, e, no entanto elas continuam doentes e mais ansiosas por se verem livres das doenças, num círculo vicioso. Saem de uma doença e surge outra e assim sucessivamente. Novas doenças aparecem a cada dia, doenças milenares ressurgem com toda força. Tudo isso acontece num momento em que a medicina conta com recursos avançadíssimos de diagnóstico e tratamento.

Por que isso acontece?
Talvez este seja um momento para que comecemos a refletir sobre qual é o verdadeiro significado da doença em nossa vida. Em uma visão holística, a doença, seja ela física ou mental, é apenas um sinal de que alguma coisa não vai bem com a pessoa. Normalmente o organismo nos sinaliza através das disfunções em determinados órgãos que são mais frágeis, órgãos estes que variam de pessoa para pessoa. Essa disfunção pode acontecer no fígado, no coração, nos rins, etc. Outras vezes as disfunções acontecem na mente, como é o caso de doenças como a depressão, a síndrome do pânico, a esquizofrenia, etc. A doença é um processo de bloqueio nas energias que compõem o ser humano. Estes bloqueios são causados por fatores psíquicos e emocionais. Todos nós possuímos determinados conflitos psicológicos que, normalmente, não são tratados adequadamente pelo indivíduo. Como se diz popularmente, "problemas, a gente empurra com a barriga". Resultado, esses conflitos vão se acumulando como se fossem uma panela de pressão da qual tapamos a válvula de escape do vapor. Chega um momento em que a pressão é tanta que estoura. Isso vai acontecer no corpo físico, onde o conflito é somatizado, na forma de doenças físicas as mais diversas, ou na mente, onde o conflito acumulado, se transforma em uma neurose (depressão, ansiedade, etc.) ou pior ainda numa psicose (esquizofrenia, psicose maníaco-depressiva, etc.).
Torna-se fundamental, portanto, desenvolver uma nova postura em relação às doenças que possuímos. Em uma visão holística, querer se livrar da doença não significa a mesma coisa que buscar a saúde. Podemos utilizar remédios, cirurgias, e outros métodos para conseguir saúde, mas qualquer método que venha de fora para dentro, por mais valioso que seja este recurso, vai apenas aliviar a doença, mas, jamais nos poderá dar a saúde. Desenvolver a saúde requer todo um movimento do indivíduo em direção a ela. Não é possível se livrar da doença, através de uma atitude doentia de ansiedade, inquietação no sentido de arrancá-la de nós, através de recursos que venham de fora para dentro, pura e simplesmente. Isso pode nos trazer um alívio temporário para que, posteriormente, possamos agir de uma outra maneira. E necessário desenvolver uma postura saudável, onde com serenidade, vamos buscar a causa da doença, e, assim, com base nesta causa, poder transformá-la e, com isso, conquistar a saúde.
Existe um novo gênero de médico/terapeuta, atualmente em expansão, que busca entender o funcionamento dos seres humanos a partir de uma revolucionária perspectiva de acordo com a qual a matéria é uma forma de energia. Esses cientistas espiritualistas, encaram o corpo humano como um modelo instrucional graças ao qual poderemos começar a entender, não apenas a nós mesmos, mas também o funcionamento interno da natureza e os segredos do universo. Através da percepção de que os seres humanos são constituídos de energia, podemos começar a compreender novos pontos de vista a respeito da saúde e da doença. Essa nova visão quântica deve proporcionar aos médicos e terapeutas do futuro, não apenas uma perspectiva única a respeito das causas das doenças, como também, métodos mais eficazes de curar as enfermidades que afligem os seres humanos. O ramo da ciência - atualmente em grande desenvolvimento - levará a humanidade a esse novo nível de compreensão à medicina holística juntamente com a psicologia transpessoal
Ela busca curar as doenças e transformar a consciência humana atuando sobre os padrões energéticos que dirigem a expressão física da vida. Acabaremos descobrindo que a própria consciência é uma espécie de energia que está integralmente relacionada com a expressão celular do corpo físico. Assim, a consciência participa da continua criação da saúde ou da doença. A ciência holística, na condição de ciência do futuro, talvez nos proporcione indicações que ajudem os médicos a descobrirem por que algumas pessoas permanecem sadias enquanto outras estão o tempo todo doentes.
Só haverá uma medicina verdadeiramente holística quando os médicos vierem a adquirir uma melhor compreensão a respeito dos profundos inter-relacionamentos entre o corpo, a mente e o espírito, e a respeito das leis naturais que regem suas manifestações no nosso planeta. Nós somos, na verdade, um microcosmo dentro de um macrocosmo, como os filósofos orientais há muito compreenderam. Os princípios observados no microcosmo, freqüentemente refletem os princípios mais amplos que governam o comportamento do macrocosmo. Os padrões de organização da natureza repetem-se em muitos níveis hierárquicos. Se uma pessoa puder compreender as leis universais, tal como elas se manifestam na matéria no nível do microcosmo; ela também terá mais facilidade para compreender o Universo como um todo. Quando os seres humanos compreenderem realmente as estruturas físicas e energéticas de suas mentes e corpos, estarão muito mais perto de compreenderem a natureza do Universo e das forças criativas que os ligam a Deus.


por Alírio de Cerqueira Filho
Texto extraído do Jornal Corpo Mente-Feira de Santana – outubro de 2002


PAZ E LUZ!

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Escolhas da vida



O ser humano, em harmonia com o Infinito, vivencia a plenitude de paz, poder e abundância. Por isso, devemos buscar um nível de refinamento e compreensão nas interpretações de ações diante das mudanças do cotidiano.

Nossas ações conscientes nos proporcionam confiança e nos fortalecem, levando-nos ao aprendizado e à evolução de nosso ser.

O Criador nos deu o livre-arbítrio para que possamos escrever a nossa história. Ao nascermos, o livro está em branco, mas... ao longo da vida, vamos rascunhando, escrevendo, vivenciando situações que nem sempre, ou naquele momento, gostaríamos. Muitas vezes, falamos e agimos impensadamente e ferimos pessoas que amamos, que queremos bem, mas o livre-arbítrio nos proporciona reconhecer as falhas, passar uma borracha e reescrevermos nossa história.

É como se, em um determinado momento, pudéssemos passar nossas vidas a limpo. Nesta hora, nossas práticas vivenciais são a dádiva de retomarmos o controle do amadurecimento e repararmos enganos cometidos até aqui, e num processo de perdão interno e ao nosso semelhante, resgatarmos a plenitude da iluminação de nossas vidas, numa espiritualidade e harmonia conosco mesmo e com Deus.

Nossa mudança interior reflete em nossa vida pessoal, aproxima e valida à magnitude de convivência com nossa família.

A vida profissional, como consequência, segue um curso contínuo de tranquilidade e competência, onde nos resulta em objetivos realizados, metas alcançadas e abundância de resultados, crescimento, reconhecimento e a partir daí, mais sucesso profissional.

O Universo conspira a nosso favor; as soluções que, anteriormente, víamos como difíceis, hoje reconhecemos como pequenos problemas, e passam a ser ainda menores, pois tudo começa a caminhar a passos largos.

O pouquíssimo tempo que nos é destinado neste planeta Terra é para evoluirmos, aprendermos a sermos melhores como seres humanos. As pessoas clamam por amor, o Brasil clama por amor, o mundo e o planeta clamam por amor.

A raça humana poderá ser a causadora da extinção das nossas riquezas naturais; a conscientização, a prática do amor e a preservação da natureza são necessárias, já, agora.

Seu Eu Interior está dialogando com você sobre esse clamor, diariamente. Temos que nos abrir às percepções, ouvir os sons inaudíveis, ver além do infinito e atuar nos campos das possibilidades. “Não existe nada que nós não possamos fazer, somente há algumas coisas que ainda não aprendemos”.

Andar, falar, sentir, fazer, tudo é difícil enquanto não aprendemos. O impossível se torna possível quando automatizamos nosso aprendizado.

Os bloqueios, os medos, a insegurança vem de nossos fantasmas do reino das possibilidades.

As possibilidades existem? Sim, existem para nos fazer felizes, realizados e não para serem canalizadas para as energias negativas.

Nossos corpos e sentimentos são energia, o mundo é energia e quem determina a qualidade e a quantidade de energia que devemos absorver somos nós mesmos. Boas ou ruins? Este é o nosso livre-arbítrio.

Podemos mudar a nós mesmos e tudo à nossa volta muda. Modificamos comportamentos, atitudes, possibilidades, formas de pensar... eis a minha, a sua, a nossa escolha!

Escolha ser feliz, fazer o que ama; ame sua família, as pessoas... irradie amor para colher felicidade.

Busque a sua excelência, através da determinação, da perseverança, através da sua proximidade com Aquele que um dia lhe deu a vida.

Faça o melhor; entregue-se ao seu melhor e tenha a certeza que a correspondência da lei da atração é o segredo para a cada dia estar mais próximo do seu Criador e da felicidade.

Vera Márcia Bernin – RCE 70


PAZ E LUZ!

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Provas e Expiações


A doutrina espírita é clara: Deus não pune! Somos responsáveis por nossas ações e recebemos de volta o resultado delas...


Algumas vezes, ficamos refletindo quando vemos uma ação como um assassinato brutal, tentando compreender o porquê daquele acontecimento. E muitas vezes não encontramos uma linha de raciocínio lógico dentro dos padrões da sociedade e buscamos no Espiritismo a explicação. Porém, cada caso é um caso, e sendo assim, ficamos ainda com um ponto de interrogação na mente, já que não existe uma resposta para tudo e sim uma linha de raciocínio na doutrina espírita onde buscamos o entendimento dos motivos que levam a determinada atrocidade. Por outro lado, quando vemos uma ação benéfica, ficamos comovidos e motivados a trabalhar na Seara do Bem.
Quando tive a pretensão de pensar já ter visto de tudo um pouco neste planeta, cheguei à conclusão de que ainda há muito para aprender sobre expiações e provas. Digo isto porque chegou-me, por e-mail, o jornal virtual da BBC Brasil com o seguinte título: “Bebê com dois rostos é tratado como “deusa” na Índia”. O subtítulo concluía: “Um bebê de um mês que nasceu com duas faces devido a um problema raro, virou alvo de devoção dos vizinhos em um vilarejo perto de Délhi, na Índia”.
A primeira impressão que tive é que se tratava de gêmeos siameses, mas ao ler a matéria entendi que o problema da criança é um caso raro, conhecido na Medicina como duplicação craniofacial. Apesar do problema, os médicos diagnosticaram que a menina, de nome Lali, encontra-se saudável. Outra curiosidade neste caso é que ela consegue beber leite por qualquer uma das bocas e também respira normalmente.
Ao ler a matéria, pude refletir que o mundo está mudando, realmente, pois em tempos remotos ou em outras culturas, uma criança que nascesse com esta anomalia seria considerada obra do “demônio” e provavelmente sacrificada. Porém, Lali, transformou-se em objeto de fascinação e reverência, com os moradores fazendo fila para ver a criança. Eles trazem oferendas em dinheiro, acreditando que ela tem poderes especiais.
O pai de Lali, Vinod Singh, um lavrador muito pobre, disse que “A primeira vez que a vi fiquei com medo, é natural. Mas agora me sinto abençoado”. Jatinder Nagar, vizinho que assumiu o papel de guia das visitas à criança, comentou que “Quando se vê algo que não é natural, só pode ser algo de Deus. É tão mágico que acreditamos que ela seja uma deusa”. A população desse vilarejo acredita que Lali seja a reencarnação de uma deusa hindu e estão pensando em construir um templo em sua homenagem.
Apesar dos médicos insistirem em fazer novos exames para saberem da possibilidade de separar a cabeça de Lali, obtendo a certeza que seus órgãos internos são normais, encontram a resistência dos pais, que não concordam que a menina se submeta a novos exames. Vinod Singh é taxativo e questiona: “Qual a necessidade dos exames? Até onde sabemos, ela é como qualquer criança. Só queremos aproveitar o tempo que temos com nossa primeira filha”.
Entretanto, os pais de Lali estão se sentindo desconfortáveis com a situação e já mostram sinais de cansaço, com tanta adoração do povoado do vilarejo, afinal, a família está perdendo a privacidade.
Intrigado com o assunto, perguntei ao conceituado palestrante e escritor espírita, Richard Simonetti, sobre como o Espiritismo explica esta expiação desse espírito encarnado. Ele gentilmente respondeu, dizendo: “Problema curioso! Nunca tinha visto. Situações dessa natureza sempre configuram uma provação para o reencarnante e para os pais ou expiação para o grupo (algo imposto pela lei de ação e reação)”. E acrescentou, escrevendo que “Quanto à natureza do crime ou crimes que tenham cometido para se verem numa situação dessa natureza, é algo que não sabemos. O fato é que não se trata de mero acidente biológico”.
Realmente, um fato como este não acontece por acaso e tem uma explicação, mesmo não sendo de nosso conhecimento no mundo físico. Para fundamentar essa opinião, encerro com O Livro dos Espíritos:

“964. Mas, será necessário que Deus atente em cada um dos nossos atos, para nos recompensar ou punir? Esses atos não são, na sua maioria, insignificantes para Ele?
Deus tem Suas leis a regerem todas as vossas ações. Se as violais, vossa é a culpa.
Indubitavelmente, quando um homem comete um excesso qualquer, Deus não profere contra ele um julgamento, dizendo-lhe, por exemplo: Foste guloso, vou punir-te. Ele traçou um limite; as enfermidades e muitas vezes a morte são a conseqüência dos excessos. Eis aí a punição; é o resultado da infração da lei. Assim em tudo.”.
E Kardec complementa: “Todas as nossas ações estão submetidas às leis de Deus. Nenhuma há, por mais insignificante que nos pareça, que não possa ser uma violação daquelas leis. Se sofremos as conseqüências dessa violação, só nos devemos queixar de nós mesmos, que desse modo nos fazemos os causadores da nossa felicidade, ou da nossa infelicidade futuras. [...]”.


Revista Cristã de Espiritismo, edição 58.


PAZ E LUZ!