sábado, 29 de outubro de 2011

Onde está o meu mentor?


Nota-se uma certa tendência, na atualidade, das pessoas incorporarem, às suas vidas, novas idéias ou conhecimentos relativos à vida espiritual.
Estamos na "nova era" e todos já devem estar cansados de ouvir - e ler- que as coisas estão mudando e que o intercâmbio entre os mundos físico e espiritual tende a aumentar.
Nosso povo, conhecido pela facilidade de familiarizar-se com todos e com tudo, tem feito muitas "amizades" com os irmãos do "lado de lá". Como a Doutrina Espírita é muito difundida por aqui, e diversas são as lições aprendidas por nós, alguns fatos têm se tornado muito popularizados e tratados de uma forma interessante - para quem se atenta a observar. Dentre vários desses assuntos, o que nos chama mais a atenção, nesse momento, é o relacionado com o Mentor.
Anjos da Guarda, Guias, Mestres interiores, etc, nunca estiveram tão popularizados e tão íntimos como atualmente, na visão espírita de Mentor.
Quando, em "O Livro dos Espíritos" de Allan Kardec, lemos as observações relativas a esses nossos amigos e protetores invisíveis, observamos a seriedade e o respeito com que Kardec se dirige a eles. No livro "Nosso Lar", ditado pelo espírito de André Luiz a Chico Xavier, esse respeito e seriedade ficam muito mais evidentes, principalmente quando nos mostram o trabalho desses abnegados servidores do Cristo, de uma forma mais abrangente.
Observem que conotamos os mentores como "servidores do Cristo", e não "nossos servidores". Embora possa parecer o óbvio, não é o que acontece na prática. Somos surpreendidos , às vezes, ouvindo alguém dizer: "meu mentor é meu amigo, ele fecha os olhos para algumas coisas"; ou, "onde estava meu mentor para deixar isso acontecer?" Ou ainda: "se faço algo errado, não há problema, pois meu mentor me conhece e sabe que não fiz por mal".
Há também aqueles que, por estudarem superficialmente a Doutrina, acabam confundido - ou não - sua própria vontade e decisões com o que supõem ser a vontade do mentor. Tentam impor suas idéias e conceitos e, para dar o cunho de "ordem superior", concluindo seus argumentos com a célebre frase: "quem me pede para assim dizer é o meu mentor!"
Kardec demonstrou-nos, pela sua obra e, principalmente pela sua conduta, que a razão deve ser sempre utilizada quando tratar-se de intercâmbio entre os planos, pois além de ser um campo que necessita de muito estudo de nossa parte, podemos ainda, receber a influência de entidades espirituais que se aproveitem desse nosso descuido e causem danos a nós e aos outros.
A vida, quando encarnados, é de suma importância para o nosso progresso evolutivo. Toda ela é planejada exaustivamente pelos espíritos superiores, preocupados em que tenhamos um bom aproveitamento. Além disso, para que tenhamos sempre uma orientação segura no nosso caminho, permitem, por determinação do Altíssimo, que Espíritos sérios, evangelizados e cientes das realidades eternas, nos acompanhem na caminhada terrena.
Desnecessário deveria ser, enfatizar o respeito e gratidão que todos nós devemos a esses irmãos. Ensinaram-nos os espíritos, através da razão de Kardec, que quando atribulações se apresentem às nossas vidas, devemos ter a certeza de que será apenas um remédio amargo, mas necessário para a saúde do espírito, e que, com a fé e a paciência que o Evangelho nos ensina (e que os mentores fazem o possível para lembrar-nos), em breve passarão.
Quem é nosso mentor, é uma curiosidade que muitos têm e desnecessária, por sua vez. Grandes espíritos passaram anônimos pelo planeta, realizando grandes tarefas pela humanidade e muitos outros continuam realizando da mesma forma. O importante é entendermos - e praticarmos- os ensinamentos contidos na doutrina que abraçamos.
Respeitar e amar o nosso próximo é um dos grandes ensinamentos de Jesus, e pelo que aprendemos no Espiritismo, será que existe alguém mais próximo a nós do que o mentor?
                                                                                                                                         
Escrito por Humberto Pazian 
PAZ E LUZ!

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

A criança e o prazer de ler


Muitos estudiosos têm destacado a importância de introduzir a leitura no dia-a-dia da criança. Segundo Richard Bamberger, se conseguirmos fazer com que a criança tenha sistematicamente uma experiência positiva com a linguagem, estaremos promovendo seu desenvolvimento como ser humano.
Já falamos do valor da leitura, não só para o aumento do conhecimento, mas da observação de aspectos da vida e da capacidade de comunicação com o mundo. Mesmo sabendo disto, muitas pessoas não são leitoras habituais, hoje em dia.
Muitos de nós desenvolvemos aversão pela leitura porque nossos professores nos obrigavam a ler textos sem grande interesse para nós, associando esta tarefa a trabalhos e notas. Foram, quase sempre, experiências negativas.
Uma das maneiras de incentivar a criança a ler é propiciar-lhe experiências positivas não só com a leitura mas, estendendo o pensamento de Bamberger, também com a literatura e com a linguagem.
Vejamos alguns exemplos:
Leitura: Ler com a criança pode ser um bom começo. Este pode ser um momento de grande prazer e troca afetiva. Também ajuda, se o adulto é um leitor habitual, tendo o livro como um bom companheiro, para que ela observe sua relação com o livro e também fique motivada a ler.
Literatura: Para gostar de livros, é preciso conhecê-los. O contato sensorial com o livro é muito importante. Por que não incluir uma boa livraria em nossos passeios com as crianças? Porque não levá-las a eventos de contadores de histórias? Por que não oferecer mais livros de presente, em lugar de tantas coisas descartáveis que elas costumam ganhar?
Linguagem: Fazer jogos com palavras e frases é um jeito divertido de desenvolver o gosto pelo mundo das letras e das palavras. As crianças não-alfabetizadas ou iniciando a alfabetização podem fazer jogos orais, como parlendas, rimas e trava-línguas. As que já lêem e escrevem têm um oceano de opções, além das que citamos: caça-palavras, cruzadinhas, desembaralhar as letras, forca, palavra-chave, etc.
Sugestões:
1. Jogo cooperativo: E-I-H-A-C-R-O-S. Com estas letras, forme o maior número possível de palavras. Vamos ver quantas nossa turma consegue? Faça o jogo individualmente, primeiro e, depois, em grupo, observando como juntos conseguimos mais que sozinhos.
2. Marca-páginas divertidos. Feitos em dobradura, eles vão ser um motivo a mais para a criançada gostar dos livros.
Infância
A infância é o sorriso da existência no horizonte da vida.

Representa esperança que o pessimismo não pode modificar. É mensagem de amor para o cansaço no refúgio do desencantamento, a fulgir no sacrário da oportunidade nova.

É experiência em começo que nos compete orientar e conduzir.

É luz a agigantar-se aguardando o azeite do nosso desvelo.

É sinfonia em preparação... nota solitária que o Músico Divino utilizará na sucessão dos dias para a grande mensagem ao mundo conturbado.
Atendamos o infante oferecendo, à manhã da vida, a promessa de um futuro seguro.
Nem a energia improdutiva; nem o caminho pernicioso;nem a assistência socorrista prejudicial às fontes do valor pessoal;nem a negligência em nome da confiança no Pai de todos;nem a vigilância que deprime;
nem o arsenal de descuidos em respeito falso ao futuro homem ...
Mas, acima de tudo, comedimento de atitudes com manancial farto de recursos pessoais e exemplos fecundos, porquanto as bases do futuro encontram-se na criança de hoje, tanto quanto o fruto do porvir dormita na flor perfumada de agora.
Cuidemos do infante, oferecendo o carinho fraterno dos nossos recursos, confiados de que, um dia seremos convidados a oferecer ao Pai Misericordioso o resultado da nossa atuação junto àquele cuja guarda esteve aos cuidados do nosso coração. 

Autor: Bezerra de Menezes
Psicografia de Divaldo Franco.

 por Rita Foelker



PAZ E LUZ!