terça-feira, 29 de março de 2016

Epidemia Obsessiva


A obsessão, essa incoercível constrição psíquica exercida pelos Espíritos infelizes sobre as criaturas humanas, nunca é demais afirmá-lo, constitui lamentável processo epidêmico, que se alastra na Terra.

Tendo a sua gênese nos distúrbios do comportamento atual ou pretérito de quem lhe padece a injunção, exige imediata consideração, através de um estudo cuidadoso dessas causas profundas com as correspondentes terapêuticas capazes de agir nas suas bases, modificando ou extirpando os fatores preponderantes e propiciatórios de tão grave alienação.

Imperioso, portanto, que sejam examinadas as psicopatologias da obsessão com naturalidade e firmeza, sem eufemismos nem desvios que possam dificultar a real compreensão do problema afligente.

Tendo-se em vista a imortalidade da alma, cumpre seja meditado sobre o destino que se reserva a cada ser, de acordo com o comportamento que se permite antes da desencarnação.

Não permanecendo estática a vida, após o túmulo as criaturas prosseguem com as suas realizações e comportamentos, identificando-se com semelhantes outros que compõem a sociedade viva e atuante, donde se procede em direção ao corpo e para onde se volve após a desvestidura dos tecidos carnais.

Como conseqüência, o intercâmbio entre os que são afins e se unem pelo amor, é das mais formosas concessões da Vida, contribuindo para a vitalização dos sentimentos, ao mesmo tempo oferecendo esperanças para o reencontro futuro e consolação diante das aflições presentes.  Inevitavelmente, os que se antipatizam e odeiam, imanados pelos vínculos da reciprocidade vibratória, sofrem a interferência mental da animosidade que mantêm entre eles, quase sempre prevalecendo a força psíquica do desencarnados, pela razão mesma de encontrar-se liberado do corpo, o que lhe dá mobilidade, disposição, mais ampla alternativa infeliz para o cometimento do desencarnado.

Estabelecem-se nefandas situações perturbadoras em que ambos consórcios do desequilíbrio se engalfinham na luta sem quartel, na qual predomina a ação vingadora do desencarnado. Estabelecida a identificação psíquica desequilibradora, é urgente que a vítima, advertida da parasitose espiritual, modifique os quadros mentais e se renove pelas ações meritórias, impedindo a fixação dos clichês deprimentes ou exaltadores que lhe são transmitidos em largo curso, co uma pertinácia temerária.

Ideal será sempre a ação preventiva. Descuidado, porém, dos seus deveres espirituais, o homem avança no seu desenvolvimento psicológico e social, negando-se maiores responsabilidades morais, mormente nestes dias de licenças e promiscuidades dos costumes éticos.

Não querendo enxergar da vida senão os interesses que lhe ferem os sentidos, afadiga-se pela aquisição dos excessos e derrapa no comportamento salutar, gerando distúrbios vibratórios na personalidade, que lhe permitem a identificação com os seus adversários desencarnados.

Não se resguardando do mal que, afinal, existe em todos nós, potencialmente, como efeito dos deslizes passados, dá guarida às obsessões, quando mais fácil seria precatar-se, auxiliando aqueles a quem feriu ou magoou nesta ou noutra existência corporal. Não dando guarida aos compromissos superiores, é despertado para as responsabilidades espirituais pela dor, tombando nas alienações sob o jugo das obsessões.

Cada paciente, no entanto, requer auxílios e terapias específicas, não obstante, genericamente, os valores morais e os exercícios enobrecedores das virtudes constituam os mais eficazes antídotos para tão rude enfermidade, que permanece, talvez, ignorada propositadamente pelas academias e pelos seus membros, aliás, não isentos de experimentar a ocorrência psíquica...

Ao paciente, todavia, cabe o desempenho da parte mais importante da terapia: o esforço sincero para alterar o quadro dos sentimentos pessoais e a ação honesta que o torne melhor em relação a si mesmo e ao agente que o perturba. Diante da transformação moral legítima do enfermo e em considerando as vibrações que passa a emitir com teor benigno, o adversário desencarnado, por sua vez, altera os planos malévolos, despertando para a realidade em que se encontra e de que se não deu contra real, aplicando o cabedal do tempo e da oportunidade a benefício do próprio. Torna-se urgente o serviço, a terapia preventiva contra a obsessão espiritual e a desobsessão, quando aquela já se encontra instalada. 

O Evangelho do Cristo é, ainda, e será sempre, o melhor medicamento para obsidiados e obsessores, por prevenir os males e recuperar os que lhes tombam nas malhas.  Verdadeiro tratado de otimismo, suas lições constituem valioso medicamento psíquico, atuando nos refolhos da alma e consubstanciando os propósitos que se transformam em ações libertadoras.

Com o auxílio da Doutrina Espírita, que aclara, mediante a luz da reencarnação, e confirma pelo fato mediúnico a sobrevivência espiritual, dispõe o homem dos recursos extraordinários para colocar barreiras à propagação epidêmica doas obsessões,que avassalam as mentes e afligem os sentimento do homem, aturdido no báratro dos dias que ora se vive na Terra.

MANOEL PHILOMENO DE MIRANDA
(Terapêutica de Emergência)

quarta-feira, 23 de março de 2016

As drogas e sua repercussão espiritual

O efeito destruidor das drogas é tão intenso que extrapola os limites do organismo físico da criatura humana, alcançando e comprometendo, substancialmente, o equilíbrio e a própria saúde do seu corpo perispiritual.
Tal situação, somada àquelas de natureza fisiológica, psíquica e espiritual, principalmente as relacionadas com as vinculações a entidades desencarnadas em desalinho, respondem, indubitavelmente, pelos sofrimentos, enfermidades e desajustes emocionais e sociais a que vemos submetidos os viciados em drogas.
Em instantes tão preocupantes da caminhada evolutiva do ser humano em nosso planeta, cabe a nós, espíritas, não só difundir as informações antidrogas que nos chegam do plano espiritual benfeitor que nos assiste, mas, acima de tudo, atender aos apelos velados que esses amigos espirituais nos enviam, com seus informes e relatos contrários ao uso indiscriminado das drogas, no sentido de envidarmos esforços mais concentrados e específicos no combate às drogas, quer no seu aspecto preventivo, quer no de assistência aos já atingidos pelo mal.

A ação das drogas no perispírito
Revela-nos a ciência médica que a droga, ao penetrar no organismo físico do viciado, atinge o aparelho circulatório, o sangue, o sistema respiratório, o cérebro e as células, principalmente as neuroniais.
Na obra "Missionários da Luz" - André Luiz ( pág. 221 - Edição FEB), lemos: "O corpo perispiritual, que dá forma aos elementos celulares, está fortemente radicado no sangue. O sangue é elemento básico de equilíbrio do corpo perispiritual." Em "Evolução em dois Mundos", o mesmo autor espiritual revela-nos que os neurônios guardam relação íntima com o perispírito.
Comparando as informações dessas obras com as da ciência médica, conclui-se que a agressão das drogas ao sangue e às células neuroniais também refletirá nas regiões correlatas do corpo perispiritual, em forma de lesões e deformações consideráveis que, em alguns casos, podem chegar até a comprometer a própria aparência humana do perispírito. Tal violência concorre até mesmo para o surgimento de um acentuado desequilíbrio do Espírito, uma vez que "o perispírito funciona, em relação a esse, como uma espécie de filtro na dosagem e adaptação das energias espirituais junto ao corpo físico e vice-versa.
Por vezes o consumo das drogas se faz tão excessivo, que as energias, oriundas do perispírito para o corpo físico, são bloqueadas no seu curso e retornam aos centros de força.

A ação dos espíritos inferiores junto ao viciado
Esta ação pode ser percebida através das alterações no comportamento do viciado, dos danos adicionais ao seu organismo perispiritual, já tão agredido pelas drogas, e das conseqüências futuras e penosas que experimentará quando estiver na condição de espírito desencarnado, vinculado a regiões espirituais inferiores.
Sabemos que, após a desencarnação, o Espírito guarda, por certo tempo, que pode ser longo ou curto, seus condicionamentos, tendências e vícios de encarnado. O Espírito de um viciado em drogas, por exemplo, em face do estado de dependência a que ainda se acha submetido, no outro lado da vida, sente o desejo e a necessidade de consumir a droga. Somente a forma de satisfazer seu desejo é que varia, já que a condição de desencarnado não lhe permite proceder como quando na carne. Como Espírito precisará vincular-se à mente de um viciado, de início, para transmitir-lhe seus anseios de consumo da droga, posteriormente, para saciar sua necessidade, valendo-se para tal do recurso da vampirização das emanações tóxicas impregnadas no perispírito do viciado, ou da inalação dessas mesmas emanações quando a droga estiver sendo consumida.
"O Espírito de um viciado em drogas, em face do estado de dependência a que se acha submetido, no outro lado da vida, sente o desejo e a necessidade de consumir a droga."
Essa sobrecarga mental, indevida, afeta tão seriamente o cérebro, a ponto de ter suas funções alteradas, com conseqüente queda no rendimento físico, intelectual e emocional do viciado. Segundo Emmanuel, "o viciado, ao alimentar o vício dessas entidades que a ele se apegam, para usufruir das mesmas inalações inebriantes, através de um processo de simbiose em níveis vibratórios, coleta em seu prejuízo as impregnações fluídicas maléficas daquelas, tornando-se enfermiço, triste, grosseiro, infeliz, preso à vontade de entidades inferiores, sem o domínio da consciência dos seus verdadeiros desejos".
Diante dos fatos e dos acontecimentos que estão a envolver a criatura humana, enredada no vício das drogas, geradoras de tantas misérias morais, sociais, suicídios e loucuras, nós, espíritas, não podemos deixar de considerar essa realidade, nem tampouco deixar de concorrer para a erradicação desse terrível flagelo que hoje assola a Humanidade. Nesse sentido, urge que intensifiquemos e aprimoremos cada vez mais as ações de ordem preventiva e terapêutica, já em curso em nossas Instituições, e que, também, criemos outros mecanismos de ação mais específicos nesse campo, sempre em sintonia com os ensinamentos do Espiritismo e seu propósito de bem concorrer para a ascensão espiritual da criatura humana às faixas superiores da vida.
Escrito por Xerxes Pessoa de Luna   

PAZ E LUZ!
   

terça-feira, 2 de fevereiro de 2016

A alimentação dos espíritos

Nos "planos" espirituais  temos notícia por inúmeros médiuns confiáveis, como Chico Xavier, Divaldo Franco etc, da organização de comunidades sociais que os espíritos constituem, às vezes assemelhadas às terrestres.
Ainda nos atendo ao critério kardecista de valorizarmos um conceito apenas quando houver multiplicidade de fontes sérias, confirmando-o, nos referiremos ao corpo espiritual e sua alimentação.
A energia cósmica que permeia o universo, ("fluido cósmico")  é a matéria prima que sob o comando mental dos espíritos é utilizada para a constituição  dos objetos  por eles manuseados. Vide  em "O  livro dos médiuns" capítulo "do Laboratório do Mundo Invisível".
O  corpo dos espíritos, já mencionado até pelo apóstolo Paulo e conhecido nas diferentes religiões  ou doutrinas, como perispírito, corpo astral  psicossoma e mais de 100 (Cem) sinônimos, é constituído de um tipo de matéria derivada da  energia cósmica universal ("Fluido cósmico  universal ").
O corpo espiritual apresenta-se moldável conforme as emanações mentais do espírito. Cada espírito apresenta seu perispírito ou corpo espiritual com aspecto correspondente a elevação intelecto-moral. Seu estado psíquico vai determinar a sutilização do seu corpo.
Conforme se tem notícia através de inúmeros autores espirituais, o corpo espiritual apresenta-se estruturado por aparelhos ou sistemas que se constituem de órgãos; estes órgãos são formados por tecidos que, por sua vez, são constituídos por células. Há inclusive patologias celulares tratadas em hospitais da espiritualidade. O chamado mundo espiritual é (no nosso nível) um mundo material de outra dimensão.
As células do corpo espiritual, em  nível mais detalhado,são formadas por moléculas que se constituem de átomos. Os átomos do perispírito são formados por elementos químicos nossos conhecidos, além de outros desconhecidos do homem encarnado.
Nas obras de Gustave Geley com de Jorge Andréa  há referências mais específicas.
Para não alongarmos estas considerações preliminares, diríamos que o corpo dos espíritos é composto de unidades estruturais que apresentam vibração constante. Sabemos pelos mais elementares princípios da física, que todo corpo em  movimento (vibração) no universo gasta energia, logo precisa repô-la o que equivale a se alimentar. As leis a física não são leis humanas mas leis divinas ( ou naturais ) às quais estão sujeitos todos os elementos do cosmo. Há portanto um desgaste energético natural do corpo espiritual pelas suas atividades o que o leva a necessidade de ser alimentado por fontes de energia.
Dependendo do nível evolutivo do espírito, e conseqüente densidade do perispírito, varia a qualidade do alimento ou energia que o mesmo necessita para manter suas atividades. Espíritos superiores simplesmente absorvem do cosmo os elementos energéticos ("fluídicos") que necessitam. Ao se colocarem em oração ( no sentido mais profundo ),sintonizam com níveis energéticos ainda mais elevados (frequências mais altas ) aurindo para si o influxo magnético revitalizador, alimentando suas "baterias "espirituais.
Com relação aos espíritos mais relacionados com a nossa realidade, ou seja que ainda apresentam dificuldades em superar as tendências egoísticas, portanto traduzindo na configuração de seu corpo espiritual uma maior densidade, as necessidades são proporcionalmente mais densas.
Em colônias espirituais, os espíritos precisam da ingestão de alimentos energeticamente mais densos, fazendo-o de forma muito semelhante a nós encarnados. Recomendamos a propósito o estudo mais detalhado da obra "Nosso Lar "de André Luiz, que foi precursora de dezenas de outras onde se faz referência a alimentação , até as mais recentes "Violetas na Janela " etc.
As unidades energéticas do espírito, ou núcleos em potenciação, com o passar do tempo vão tendo cada vez maior dificuldade de se recarregar quanto mais primitiva for a evolução da entidade espiritual. ocorre um desgaste progressivo destas unidades energéticas, que passam a vibrar mais lentamente.
À medida que as vibrações se tornam mais lentas pelo desgaste, e há dificuldade de reposição das energias, vai se processando uma neutralização energética com redução progressiva das atividades do espírito. Quando este processo se instala vai determinar um torpor ou sonolência da entidade impelindo-a a reencarnação automática e compulsória.
Revista Cristã de Espiritísmo - 2008
PAZ E LUZ!