sexta-feira, 16 de março de 2012

Dor e coragem


Na Terra todos temos inimigos. Todos, sem exceção. Até Jesus os teve. Mas isso não é importante. Importante é não ser inimigo de ninguém, tendo dentro da alma a dúlcida presença do incomparável Rabi, compreendendo que o nosso sentido psicológico é o de amar indefinidamente.
Estamos no processo da reencarnação para sublimar os sentimentos. Por necessidade da própria vida, a dor faz parte da jornada que nos levará ao triunfo.
É inevitável que experimentemos lágrimas e aflições. Mas elas constituem refrigério para os momentos de desafio. Filhos da alma, filhos do coração!
O Mestre Divino necessita de nós na razão direta em que necessitamos dEle. Não permitamos que se nos aloje no sentimento a presença famigerada da vingança ou dos seus áulicos: o ressentimento, o desejo de desforçar-se, as heranças macabras do egoísmo, da presunção, do narcisismo. Todos somos frágeis. Todos atravessamos os picos da glória mas, também, os abismos da dor.
Mantenhamo-nos vinculados a Jesus. Ele disse que o Seu fardo é leve, o Seu jugo é suave. Como nos julga Jesus? Julga-nos através da misericórdia e da compaixão.
E o Seu fardo é o esforço que devemos empreender para encontrar a plenitude.
Ide de retorno a vossos lares e levai no recôndito dos vossos corações a palavra libertadora do amor. Nunca revidar mal por mal. A qualquer ofensa, o perdão. A qualquer desafio, a dedicação fraternal. O Mestre espera que contribuamos em favor do mundo melhor, com um sorriso gentil, uma palavra amiga, um aperto de mão.
Há tanta dor no mundo, tanta balbúrdia para esconder a dor, tanta violência gerando a dor, que é resultado das dores íntimas...
Eis que Eu vos mando como ovelhas mansas ao meio de lobos rapaces, disse Jesus. Mas virá um dia, completamos nós outros, que a ovelha e o lobo beberão a mesma água do córrego, juntos, sem agressividade.
Nos dias em que o amor enflorescer no coração da Humanidade, então, não haverá abismo, nem sofrimento, nem ignorância, porque a paz que vem do conhecimento da Verdade tomará conta de nossas vidas e a plenitude nos estabelecerá o Reino dos Céus.
Que o Senhor vos abençoe , filhas e filhos do coração, são os votos do servidor humílimo e paternal, em nome dos Espíritos-espíritas que aqui estão participando deste encontro de fraternidade.
Muita paz, meus filhos, são os votos do velho amigo,
Bezerra.
Psicofonia de Divaldo Pereira Franco, em 25 de setembro de 2011, na Creche Amélia Rodrigues, em Santo André – SP. Em 13.02.2012.
Escrito por Divaldo Franco   
 PAZ E LUZ!

segunda-feira, 12 de março de 2012

O poder da intuição


A intuição pode ser considerada como uma espécie de inteligência superior, fruto dos nossos conhecimentos acumulados, ainda que não tenhamos consciência deles. É uma manifestação da nossa “alma”, reflexo da Inteligência Divina que habita em nós. Por isso, transcende os limites da razão.
Mediunicamente considerada, é uma espécie de inspiração que os espíritos nos dão, captada psiquicamente, muitas vezes sem que nos damos conta. É algo que deveríamos utilizar com mais frequência, mas, na maioria das vezes, não conseguimos captar as mensagens que nossos guias ou amigos espirituais nos enviam, constantemente, com a intenção de nos auxiliar.
Se soubéssemos utilizar a intuição poderíamos resolver muitos problemas que nos afligem no dia-a-dia. Mas o problema maior é que, normalmente, pedimos ajuda espiritual em momento de aflição, e dessa forma, não conseguimos captar a inspiração com clareza.
No livro O Despertar da Intuição – Desenvolvendo o seu Sexto Sentido, do escritor e médium americano, James Van Praagh, ele explica que “intuição é uma sensação de saber, e isso vem de dentro. Essa sensação é espontânea, não é racional. Se você se esforçar muito para usar sua intuição, impedirá o processo. Em outras palavras: intuição não é uma coisa que você possa fazer acontecer. Ela simplesmente acontece. Você pode aprender a perceber quando ela ocorre. A intuição acontece quando nossas mentes estão relaxadas e não concentradas em um determinada tarefa”.
Precisamos estar com a mente tranqüila e harmoniosa com o Alto para que possamos ter a intuição. Caso contrário, nossa sintonia estará vibrando em baixa freqüência, sendo assim, a única intuição que receberemos é da espiritualidade das trevas ou de quem nos queira prejudicar.
A intuição em ambiente harmonioso é tão importante que escritores, compositores, pintores etc, somente conseguem exercer sua arte em lugares onde há tranquilidade e que possam trabalhar aproveitando sua intuição da melhor maneira possível.
Mas, como saber se a intuição é fruto da inspiração de um espírito ou de nossa própria mente? Van Praagh escreve que “para fazer contato com esse tipo de conhecimento, é preciso começar estabelecendo um relacionamento íntimo com você. Quanto mais compreender suas próprias razões, idéias e crenças, mais fácil se tornará separar o que é seu daquilo que é dos espíritos”.
Inspiração dos espíritos
Certa vez, uma amiga médium me disse que meu pai iria manter contato comigo. Ele já havia desencarnado há anos. Mas ela afirmou que ele faria contato em breve. Certo dia, minha esposa trouxe as correspondências para mim e o que nos espantou foi que, em uma delas, o destinatário estava no nome de meu pai. Ficamos espantados. Como aquilo havia acontecido? Lembrei-me que havia preenchido um cadastro em uma loja, com os meus dados e também o nome de meus pais. O impressionante é que ao invés da loja enviar a correspondência em meu nome, enviou no de meu pai. O que isto quer dizer? Que a médium, minha amiga, estava certa? Também! Mas meu pai quis me alertar que ele estava ao meu lado, para eu ficar atento, pois estava me inspirando no dia-a-dia. Às vezes, um ente querido ou um amigo já desencarnado nos envia uma mensagem similar, mas como estamos preocupados com nossos problemas, deixamos de captar o que poderia ser a solução de uma aflição.Van Praagh explica que “no nível mental, a intuição costuma manifestar-se em forma de imagens (...) Os inventores afirmam que suas invenções lhes chegam por devaneios, sonhos noturnos ou quando não estão concentrados nos problemas (...) Executivos com altos cargos administrativos costumam dizer que tiveram uma ‘sensação visceral’ ao tomar certa decisão (...) A capacidade de saber intuitivamente o que vai dar certo aumenta a possibilidade de sucesso de uma pessoa nos negócios”. 
Isto explica alguma intuição que a pessoa tem e é considerada maluca, pois os outros acham absurda aquela idéia. Porém, a pessoa deverá se manter firme em sua convicção, afinal a intuição lhe mostrou uma imagem, o que dá a certeza de estar fazendo a coisa certa. Essa passagem me lembra Juscelino Kubitcheck. Quando idealizou Brasília, ele seguiu sua intuição e colocou em prática um projeto audacioso. Se ele não seguisse sua intuição, a imagem daquela cidade no planalto central não passaria de mera imagem.
James Van Praagh escreve que “a intuição também deve estar integrada ao intelecto para podermos traduzir as informações enviadas por ela. Médicos que passaram anos na faculdade sabem que combinar seu conhecimento médico com a intuição é a melhor forma de diagnosticar problemas difíceis de serem identificados por meios convencionais”. 
Sendo assim, não basta pedir, temos que fazer a nossa parte. Para que a intuição funcione precisamos ter fé. Não adianta você pedir para ser inspirado em algo, se no fundo não acredita que seja possível. É a mesma coisa de orar sem fé, ou seja, o pedido é em vão. “Só é possível desenvolver a percepção mediúnica com que você nasceu através da prática e com persistência. É um processo de sintonia em que o instrumento é seu próprio sexto sentido”, finaliza Van Praagh.
Escrito por Marco Túlio Michalick
PAZ E LUZ!

sábado, 3 de março de 2012

Mediunidade e universalismo



Muitas pessoas dizem temer a morte. Temem o desconhecido, o nada, o fim da existência... afinal, “ninguém voltou para dizer como é lá!”. Terrível engano, ou melhor, grande ignorância. A comunicação com os “mortos” acontece desde a Antiguidade. Tanto os xamãs das tribos indígenas como as pitonisas gregas já demonstravam, indubitavelmente, a realidade da mediunidade. Sua prática era tão comum que chegava ao ponto (como ainda acontece nos dias de hoje) de ser banalizada e mistificada, isso quando não era usada para fins escusos, fazendo com que o grande mago e legislador hebreu Moisés a proibisse.

Atributo intrínseco do espírito imortal, a capacidade mediúnica independe da religião adotada pelo indivíduo. Entre os médiuns, encontram-se católicos, protestantes, espíritas, hindus, umbandistas, etc. A questão é saber usufruir desta mediunidade de forma consciente e proveitosa.
Cada religião cumpre seu papel social e todas possuem ensinamentos valiosos. Os espíritas não podem se dar ao luxo de estudar apenas o Espiritismo ou achar que a doutrina espírita é melhor que outras correntes espiritualistas – colocando a obra kardequiana como a representante da mais pura verdade, inquestionável, sendo que a codificação, assim como toda doutrina religiosa, possui certas crenças e valores culturais que nem sempre correspondem à realidade. Kardec já previa isso, tanto que nos aconselhou a andarmos lado a lado da Ciência, mas, muitos espíritas transformaram o Espiritismo em mais uma religião dogmática.
Como Kardec, precisamos estar sempre abertos às ideias evolutivas, venham de onde vierem. O fundamental, como o próprio codificador fez, é mantermos o bom senso, não nos esquecendo do combustível chamado “intuição”.
A doutrina espírita tem um grande mérito. Em pleno século XIX, ela procurou criar a ponte entre a Religião e a Ciência. Grandes pesquisadores e cientistas demonstraram a realidade da vida após a morte e a veracidade da mediunidade. Nomes como Willian Crookes, Ernesto Bozzano, Léon Denis, Cammille Flamarion, entre tantos.
Não apenas com estudo, mas, sobretudo, com a experiência direta do mundo espiritual (por meio da projeção astral, da clarividência, da mediunidade, etc.) e com o autoconhecimento, a maneira de encarar a vida se modifica. O indivíduo eleva seus valores, seleciona melhor o que vale a pena ser vivenciado, evitando vários transtornos e sofrimentos resultantes de uma vida desprovida de espiritualidade. Neste ponto, ele não teme mais a morte, pois aprendeu a viver a vida. Sabe que a existência transcende os planos físicos mais densos, e percebe, nas profundezas de seu Ser, que é a própria manifestação de Deus, eterno... imortal.
RCE On  line
PAZ E LUZ!