domingo, 26 de junho de 2011

Prosperidade e padrões mentais


Se procurarmos no dicionário o significado de prosperidade, vamos encontrar como sinônimo as palavras êxito, abundância, sucesso nos empreendimentos, objetivos e, dentre outros, felicidade. O pensamento popular define prosperidade como sucesso financeiro, ou aquele estado em que o dinheiro e os bens materiais chegam abundantemente. Na verdade, o significado é bem abrangente, engloba sim, o dinheiro e tudo que ele pode comprar, mas se utilizarmos a felicidade como sinônimo principal de prosperidade, podemos também dizer que há a prosperidade profissional, espiritual, social, familiar e por aí em diante.
Se dividirmos nossas vidas em segmentos – família, trabalho, financeiro e outros –, poderemos traçar planos e metas e alcançar níveis diferentes de satisfação, felicidade e, se preferirem, prosperidade. Mas, antes de enveredarmos por esses caminhos, vamos refletir um pouco sobre algo que tem que estar muito bem definido.
Desde cedo somos influenciados com conceitos e normas dos pais, tutores, professores, e à medida que vamos crescendo, o bombardeio mental aumenta, acrescendo os amigos, a mídia, a religião e a sociedade como um todo.
Essas informações que recebemos, de acordo, com o apelo emocional que possuam, ou seja, que as emite, de que forma é emitida e assim por diante, criam verdadeiras leis em nosso mundo interior fazendo com que todas as nossas decisões se norteiem por elas. Darei um exemplo: uma pessoa que, desde a sua infância, ouviu dos pais e responsáveis que “O dinheiro não traz a felicidade”. Essa ideia, sendo repetida e reforçada no decorrer da vida trará, sem dúvida, problemas na questão financeira, pois ao mesmo tempo em que a pessoa busca o dinheiro para as suas necessidades e prosperidade, interiormente luta contra isso. É como se fosse uma sociedade de duas pessoas com objetivos opostos e bem definidos...Não daria certo, não é mesmo?
Temos, em nosso acervo mental, centenas de milhares de padrões, pois tudo o que fazemos é baseado nesses arquivos. Podemos dizer que estamos programados para sermos do jeito que somos. Um especialista das ciências da mente, analisando nossos padrões, ou melhor, conhecendo-nos um pouco, já poderia indicar se teremos sucesso ou não em nossos empreendimentos.
Os padrões podem ser positivos ou não, a favor ou contrários à nossa felicidade, e se quisermos êxito em nossos empreendimentos e prosperidade em nossa vida, em todos os setores, precisamos antes de mais nada conhecermos os nossos padrões.
Parece que esse velho pensamento de Sócrates não está ultrapassado. Cada vez mais batemos na mesma tecla, ou seja, para viver bem, feliz ou próspero precisamos conhecer-nos, saber o que pensamos, no que acreditamos, saber quem somos. Embora é algo sugerido há muito tempo por elevados espíritos, não damos o devido valor a esse quesito. Embora possa parecer difícil, não é tanto assim. É necessário, porém, dedicação de nossa parte.

Humberto Pazian  
PAZ E LUZ!

domingo, 5 de junho de 2011

Não deixe nada para depois


Eu deveria ter passado por cima do meu ego, telefonado para a pessoa amada na hora em que a saudade não cabia mais no meu peito e dito “estou sentindo a sua falta”.
Eu deveria ter brincado mais com o meu cachorro, ter olhado em seus olhos e dito “eu te amo”.
Eu deveria ter sido fiel aos meus ideais, pois a pior traição é a que vem de nós mesmos.
Eu deveria ter feito uma carta no meu último dia de aula e nela ter externado toda a minha gratidão ao meu professor, pelo aprendizado a mim oferecido com ternura e dedicação, e assim, re-significado a sua missão de vida, a iluminação das consciências.
Eu deveria ter pedido desculpas quando estava errado; sei que um pedido de desculpas não corrige um desapontamento, mas liberta a alma do peso de consciência.
Eu deveria ter respeitado o ritmo dos outros na dança da vida e olhado mais para meus próprios passos errados, pois aquele que não sabe dançar conforme a música tropeça no orgulho.
Eu deveria ter assistido mais desenhos animados e lava a alma da criança em mim.
Eu deveria ter sido mais humilde de coração e dito “eu não sei” quando realmente não sabia, e assim, tiver dado a mim mesmo a oportunidade de crescer com a experiência dos outros.
Eu deveria ter dado uma festa surpresa ao meu melhor amigo e assim reunido todos os amigos para uma comemoração coletiva.
Eu deveria ter abraçado mais os meus pais nos momentos mais felizes, e não só nas horas de angústia e aflição, afinal, quem me deu à luz não merece solidão.
Eu deveria ter sido mais solidário e feito um trabalho voluntário e levado ao meu irmão pelo menos uma mão amiga.
Eu deveria ter elogiado mais as pessoas criativas, antes mesmo que elas se tornassem vencedoras, e assim, me sentir um vencedor também.
Eu deveria ter ficado calado quando o momento fosse de fofoca. E com a luz da inteligência ter apagado as trevas.
Eu deveria ter enfrentado a vida pelo sonho de ser um campeão do que ter desperdiçado meu tempo ouvindo os fracassados no banco da acomodação, sem ter vivido o que amo, pois é só na vivência do que amamos que nos encontramos em realização.
Eu deveria ter dito “não” quando a minha alma queira dizer “não”, mas antes de dizer “não” ter olhado nos olhos de quem me ouvia dizer “não” com amor e doçura.
Nas horas de aflição, eu deveria ter observado mais os vaga-lumes, e assim ter aprendido que é na escuridão que eles brilham.
Algumas pessoas passam pela vida aprisionada em si mesma, nascem e voltam para a morada invisível sem entender o sentido da vida.
Viver é uma lapidação diária, é a arte de enfrentar a si mesmo, se descobrir e se mostrar.
A vida é feita de momentos, às vezes doloridos, alguns até difíceis que nos levam a descrença de que não há uma força Divina no comando dos acontecimentos. E há outros momentos tão sublimes que parecem nos levar para um contato bem íntimo com a inteligência que há do outro lado. É pura leveza... como se nos sentíssemos envolvidos numa dança cósmica.
Só quem vive um relacionamento afetivo com a pessoa certa e faz o que ama pode entender onde está Deus.
Não deixe nada para depois... o momento exato é agora, você só tem este instante para realizar o que você sonha. Mostre quem você é e pague para ver o que acontece. Para escapar da pessoa errada, procure ser a pessoa certa, pois há uma força oculta promovendo o encontro dos semelhantes. Evite ficar se criticando e se culpando pelo que deu errado.
O passado já perdeu as cores, o futuro está longe das mãos e o presente precisa de ação.
Bola para frente, cabeça erguida! Viva o agora, porque é só pelo o hoje que podemos fluir.
Somo o rio de nós mesmos e a parte de nós que passou ontem não é mais nem rio, nem drama; simplesmente seguir direção do oceano para ser grandes... ondas vivas. Mas, apesar do seu poder, essas ondas são flexíveis... um absorver e um dissolver constante.
Tenha mais paciência com as suas próprias falhas afinal você já perdoou a tantos... porque não perdoar a si mesmo também?
Coloque alegria na sua vida. Faça como o pássaro, que mesmo preso inocentemente, faz da gaiola um palco e segue cantando, mostrando quem é o autor principal de sua história.
Evite ser mais uma daquelas pessoas que vivem dizendo “Ah, eu não tenho sorte” sem ter sequer comprado o bilhete do jogo. Faca a sua parte, pois quando agimos com postura de vencedor, o universo conspira a nosso favor.
Lembre-se: a vida é um palco, é um show desde a estreia até a despedida. Ou você entra em cena e arrebenta ou se arrebenta por não entrar.
Mova-se! O momento exato é agora!!! Ou você vence... ou certamente será vencido!

Evaldo Ribeiro – escritor
PAZ E LUZ!