sexta-feira, 23 de julho de 2010

CANALIZAÇÃO ESPIRITUAL



Muitos acham para o contato espiritual com seres que vivem em outros planos ou mundos dimensionais somente pode ser feito através do processo mediúnico, isto dentro dos ensinamentos da doutrina espírita, porém, existem outras formas para contatá-los. A ciência esotérica ensina que há muitas outras formas de comunicação espiritual além dos processos da mediunidade clássica.

Os cinco sentidos têm extensões que são classificados pelo esoterismo, desentidos ocultos ou canais. O contato espiritual está se tornando cada vez mais comum e o esoterismo moderno o classifica de canalização espiritual consciente, o que revela que está havendo uma nova expansão da consciência no ser humano, por isso, os canais espirituais estão começando a se abrir gradualmente na humanidade, independente da religião ou crença de cada um.

O problema é que muitos estão confundindo canalização com mediunidade; há médiuns que são canais e não sabem, e há pessoas que são médiuns, mas se julgam canais.
Segundo o espiritismo, médium é o intermediário entre os vivos e as pessoas que desencarnaram. Ora, quando existe a morte do corpo físico, a alma deixa o mundo físico e passa para o mundo astral para continuar sua jornada e, mais tarde, deixa também este plano para passar ao mundo mental. Quando completa sua jornada no mundo mental, vai para o primeiro plano da alma, que em esoterismo tem o nome de búdico, para retornar a reencarnar. Não podemos esquecer que é a alma que encarna, por isso, nunca é demais repetir o que o esoterismo oriental ensina que: “somos uma alma que tem um corpo e não um corpo que tem uma alma”.

Assim, o médium é aquele que se coloca como intermediário entre dois planos ou dois mundos, o físico e o astral. Enquanto cumpre esse objetivo, há uma contração da atividade mental, da vontade, do sentimento e da consciência, o médium pode perder de forma parcial ou total sua consciência, e pouco ou nada se recordar quando termina o trabalho espiritual. Isto porque na mediunidade a entidade pode incorporar, utilizando-se dos corpos físico e astral do médium.

Contudo, mesmo quando a entidade é de nível superior, um verdadeiro Guia, por exemplo, pode não haver incorporação mas a utilização dos canais psíquicos; neste caso, o médium pode sofrer perda parcial ou total da consciência, mas na continuidade de sua espiritualização, e por orientação do Guia, ele se desenvolve até que se torne consciente. Aqui, ele estará canalizando. Deste modo, há uma evolução na própria mediunidade. Os Guias e outras entidades que trabalham para a Grande Luz Divina, as que estão temporariamente servindo no Mundo Astral, atualmente não estão incorporando no médium; geralmente ficam ao lado dele, do lado direito ou esquerdo, por detrás ou por cima dele, mas não dentro de seu corpo. Isto leva o médium a ter uma consciência parcial ou total do que se passa durante seu trabalho espiritual.

Já na autêntica canalização espiritual, que é sempre consciente, existe uma expansão do sentimento, da mente, da consciência e da vontade. Neste caso, o canal é um intermediário temporário entre vários planos, podendo canalizar qualquer ser que esteja num dos planos superiores ao físico, sem perda de consciência. Na mediunidade comum só se consegue atingir o plano ou mundo imediatamente a seguir ao físico, o plano astral.

Na mediunidade tradicional, a perda de consciência é uma característica marcante, muito embora todo médium possa se tornar consciente e, como já disse, existe uma evolução neste tipo de trabalho; assim, a tendência dos médiuns é de se transformarem em verdadeiros canais conscientes, psíquicos e mentais.

Quando o médium busca e aceita a ajuda de seus verdadeiros Guias, segue suas instruções, ele se desenvolve espiritualmente e mais rápido alcança um nível superior de consciência. Um dos objetivos principais dos verdadeiros Guias é levar o médium ao seu Mestre de Alma, e isto depende de um correto desenvolvimento espiritual, da transformação da mediunidade em faculdade psíquica ou mental, mas consciente.

Na canalização espiritual não há a incorporação, como pode ocorrer na mediunidade. No momento da canalização há uma fusão ou união energética de nível superior com um Ser de Luz quando se trata de um canal espiritualmente desenvolvido, e nesse instante o canal é como uma parte desse Ser e o Ser é como uma parte do canal. Isto se dá nos níveis búdicos e átmicos (alma), utilizando a mente superior e os chakras cardíaco e coronário como pontes até à consciência física do canal; por isso, é uma união de almas e não de corpos.

Há, sim, uma dinamização e expansão energética dos corpos sutis do canal, da consciência, do sentimento e da mente que, muitas vezes, atinge o próprio corpo físico provocando sensações de paz, amor universal, serenidade, segurança, além de ocasionar, por vezes, mudanças na fisionomia do canal, em virtude da tônica e das energias do Ser que está sendo canalizado se-rem muito fortes.

Deste modo, a canalização é um processo de comunicação energético-espiritual consciente com seres que vivem e evoluem em outros planos, mundos, estrelas e universos multidimensionais, que acontece porque existiu uma expansão da consciência, por menor que ela seja.


PAZ E LUZ!

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Mediunidade






Existem múltiplos mistérios, relacionados com a vida, a evolução, a mente, a consciência e a alma, nos aspectos visíveis e invisíveis do homem. O universo fantástico da alma é muito pouco conhecido, não é algo criado pelo imaginário e sim, algo bem real. Do ponto de vista da ciência esotérica, a alma representa o Filho, o Cristo Interno em cada um de nós, o elo de ligação entre espírito e matéria, entre Deus e o mundo dos homens.



O cérebro humano também continua envolto em muitos mistérios, nele existem vários sensores que captam e transmitem muitas informações que vão além da matéria física, além de ser o responsável pelo controle dos nossos cinco sentidos. A ciência esotérica ensina que o homem possui muito mais que cinco sentidos que correspondem a sentidos ocultos e a outros corpos mais sutis que todos possuímos para viver e evoluir. Estas capacidades são conhecidas por vários nomes, entre eles: sentidos ocultos, faculdades superiores, dons, mediunidade, canais espirituais etc. Geralmente estão em estado latente no homem, mas basta saber como desenvolver de forma correta, aprender a controlá-los e a utilizá-los com sabedoria e amor, através da mente, da vontade, da consciência e do sentimento.



Por sua vez, estes canais espirituais têm seu próprio sistema para receber e transmitir as mais variadas informações e colocar o ser humano em comunicação com outros planos, mundos e dimensões e com seres que habitam estes níveis sutis da vida e da consciência superior.



Quando estas faculdades espirituais são desenvolvidas corretamente, tendo como base a expansão real do sentimento, da vontade, da mente e da consciência, podemos dizer que elas são positivas e muito úteis à vida do homem. Mas quando são desenvolvidas erroneamente ou quando surgem desordenadamente sem que haja uma base segura de conhecimentos adequados, uma sublimação e transformação real, o ser humano não consegue controlá-las, elas se tornam negativas por interferir na vida, na vontade, na mente, na consciência e na evolução de uma forma desordenada e desequilibradora. Neste caso, surgem muitos dos problemas chamados de mediúnicos.



— Por que isto acontece?



Determinados tipos de mediunidade são originários de problemas nos chakras, os centros de força que estão espalhados pelos corpos sutis, assim como, nos filtros que protegem as entradas das energias desses chakras. Estes distúrbios também podem ter origem em algumas células sensitivas do cérebro, em grupos de ou nos neurotransmissores que recebem e transmitem as energias elétricas que percorrem nossa rede nervosa. Estes neurotransmissores são ultra-sensíveis, captam energias que vão muito além daquelas que a ciência lhes atribui. Quando existe uma grande sobrecarga de energias negativas, tanto astral-emocionais como mentais, podem surgir inversões das energias dentro dos neurônios; e caso exista uma predisposição natural à mediunidade ela pode ser despertada desordenadamente, como também outros tipos de distúrbios mentais.



No caso da mediunidade, a pessoa poderá ficar com uma falsa mediunidade ou, como em esoterismo se denomina, mediunidade negativa, visto que capta mais forças negativas do que positivas.



Então, o médium é controlado, dominado por forças e pensamentos originários de fontes externas, das mentes humanas, de entidades, etc., sem saber ou entender do que se trata, sem conhecer suas verdadeiras origens e intenções, sem ter consciência do que se passa com seu próprio corpo físico. Normalmente, os médiuns, nestes casos, perdem o controle da vontade e da consciência, não conseguindo discernir o certo do errado, nem distinguir os seus pensamentos dos que vêm de fora ou, de alguma entidade espiritual.



Por vezes, o desequilíbrio energético é tão grande, o jogo de forças negativas à sua volta é tão intenso, que os verdadeiros Guias e Mentores de Alto Nível nem conseguem se aproximar do médium para ajudá-lo.



O esoterismo ensina que a mediunidade positiva, também é sinônima de faculdade espiritual, neste caso, o médium controla seus sentidos, sua vontade, assim como a mente e consciência, dominando tudo através da razão e do sentimento. Uma pessoa que tenha mediunidade precisa ser consciente dela, reconhecer seus verdadeiros Guias e Mentores de Alto Nível como também seu Mestre de Luz, o verdadeiro instrutor da sua alma. Quando um ser humano tem este tipo de mediunidade ou faculdade possui o que podemos chamar de mediunidade positiva e ativa; ele é um canal consciente, não é enganado e nem é joguete de forças manipuladoras e escravizadoras.



Existem médiuns que ao assumirem suas faculdades espirituais ou a sua mediunidade, os seus níveis de sensibilidade se elevam e, temporariamente, podem passar por processos inconscientes devido ao seu pouco desenvolvimento e preparação espiritual. Neste caso, gradualmente, atingem as condições para uma mediunidade semiconsciente para chegaram à mediunidade positiva, ativa e consciente.



Quando um médium trabalha com seus verdadeiros Guias Espirituais nota-se a cada passo uma evolução real, um melhor controle da parte emocional, psíquica e mental, assim como de sua sensitividade. Os Guias e Mentores começam a estimular o médium a se interessar pelos estudos espirituais mais transcendentes para que compreenda como ele próprio funciona e o que precisa e deve desenvolver espiritualmente; eles procuram levá-lo a uma sublimação, transformação e expansão de seus níveis mentais, da consciência e do sentimento.



No caso da mediunidade negativa, que normalmente é inconsciente, o médium é influenciado por todo tipo de forças negativas, de baixa freqüência vibratória, tanto que é controlado por entidades espirituais de nível inferior, muitas vezes se fazendo passar por respeitáveis seres da alta espiritualidade, enganando e influenciando, como também por tudo o que surge do inconsciente individual e coletivo.



Nestes casos, o médium não tem condições de distinguir a verdade da mentira, o real do irreal, o que vem de fora e o que vem da alma.



Ele ainda não sabe discernir corretamente, geralmente, julga que tudo o que surge através da sua mediunidade, vem de alguma fonte superior, de um ser de alta espiritualidade. As mensagens e os ensinamentos que vêm de seres que servem a Luz Divina não deixam margem a dúvidas, elas sempre serão direcionadas pelo amor, sabedoria, fraternidade, paz, justiça e buscam ajudar todos a caminhar para a Luz e a se tornarem verdadeiramente livres e não, dependentes seja do que for e de quem for.



Um ser humano com mediunidade negativa ou com tendência à mesma não só se encontra num estado de desequilíbrio interior como pode ser influenciado pelos 'campos de força negativos' que se originam tanto de seres encarnados como desencarnados. Ele precisa de ajuda para aprender a controlar sua sensibilidade e suas potencialidades psíquicas e mentais latentes; ele é um receptor e transmissor de vários tipos de forças invisíveis que podem afetar sua psique, seu sistema neurossensorial, sua mente e até sua saúde.



Quando se fala em mediunidade, muitos pensam logo em mistificação e até ficam apavorados, sem saber que também podem ter uma predisposição natural para a mediunidade. Contudo, mistificadores existem em toda parte, até dentro da própria ciência, da religião, da política, da economia e do espiritualismo em geral. Temos tido muitos exemplos disto, pois não é pelo fato de seres estarem desencarnados que podemos lhes conferir, indiscriminadamente, o grau de seres evoluídos, iluminados, guias, mentores, mensageiros, santos, mestres, anjos, extraterrestres. Do outro lado da vida, muitos seres com pouca evolução continuam a mistificar e a enganar pessoas de boa vontade que, muitas vezes, só querem servir e ajudar seus semelhantes.



Dentro do vastíssimo quadro mediúnico brasileiro, a mediunidade pode se tornar um grande problema, se não for tratada adequadamente e com consciência, se não houver um embasamento seguro com métodos corretos para o médium saber o que se passa realmente em sua mente e como deve se proteger dos “campos de força negativos”. As pessoas com mediunidade, normalmente, são atraídas pelas energias negativas, como se o médium fosse um grande ímã; por isso, todo médium necessita saber se proteger e também, utilizar sua capacidade em benefício de sua evolução e de seus semelhantes, mas tudo com muita consciência.



Temos de levar em consideração que os médiuns são pessoas altamente sensíveis com canais de comunicação abertos, ainda desconhecidos para a ciência, e que precisam ser tratados adequadamente, com respeito. Muitos problemas mediúnicos podem ter causas psicológicas, ser resultantes de descompensações entre energias internas positivas e negativas que se manifestam em várias freqüências e comprimentos de onda e que afetam os sistemas mais sutis, bem como certas áreas sensitivas-psíquicas do cérebro que sofrem com estas invasões energéticas indesejáveis, às vezes também oriundas de fontes externas.



Quando se fala em fenômenos psíquicos, imediatamente muitos pensam em espiritismo e mediunidade. Allan Kardec não inventou os fenômenos psíquicos, chamados por ele de mediúnicos, simplesmente os classificou e os interpretou de modo a possibilitar ao homem de compreender, um pouco mais, a sua enorme capacidade que está em estado latente e descortinar um pouco mais o lado invisível da vida. A enorme capacidade da psique e da mente humana existe desde a Criação Divina do homem e não desde que a ciência oficial começou a investigá-la. O inconsciente continua a ser um grande 'quarto negro' ainda pouco conhecido.



É preciso abrir novas janelas nas consciências e nas mentes, saber renovar e inovar, sentir e compreender o grande mistério da vida que vai muito além dos horizontes materialistas dos homens. A vida não se confina a um limitadíssimo corpo humano que anda, sente, ouve, vê, pensa, fala, age e reage, vive e morre, virando pó. Na realidade, a vida humana é um efeito de uma causa, a causa é o espírito, criado à imagem e semelhança do Grande Criador, por isso a vida é eterna, continua além da morte de um corpo físico.



Muitos problemas místico-espirituais estão muito além do limitado campo de forças humanas. Não somos o resultado de uma única existência, mas sim de múltiplas, das quais não nos lembramos porque em cada uma delas recebemos um novo corpo e um novo cérebro que, mesmo antes de nascermos registra na memória cerebral fatos relativos a este mundo e aos nossos novos familiares. Também através dos genes de nossos pais recebemos influências que marcam nossa existência, resultantes das ações positivas e negativas das gerações passadas.



A alma que nunca morre, vai passando de corpo em corpo e em cada existência continua sua evolução rumo ao Infinito Criador. Nela se encontra uma memória espiritual mais abrangente e com maior capacidade, onde estão registradas todas as conquistas e experiências das existências passadas. Todos temos vários canais de ligação com essa memória, que não é a memória cerebral.



Falta uma compreensão mais abrangente e transcendente da vida, sobre o sistema sensitivo-sensorial, sobre o sistema nervoso, a mente e a consciência que normalmente alcançam outros níveis energéticos que vão muito além do corpo físico assim como, o universo fantástico da alma, que só serão desvendados quando forem estudados sem as teorias materialistas da ciência, sem os dogmas religiosos e fanáticos.



Todo aquele que se especializou em ciências médicas e humanas precisa se renovar e inovar, abrir sua mente para se tornar capaz de ver além dos dogmas, das teorias, das instituições científicas, religiosas e das crenças, como também além dos estigmas, dos livros e suas fórmulas antigas e ultrapassadas.



Não é por acaso que no Brasil há 20 milhões de médiuns, segundo estatísticas, ou seja, a maior concentração de sensitivos do mundo, alguma coisa isto quer dizer. Os médiuns não são nenhuma praga, nem o resultado de suas neuroses, são dotados de níveis de consciência transcendentes e abrangentes, de mentes muito sensitivas. A ciência ainda não encontrou as explicações adequadas, visto que precisa transcender a matéria, ir muito além dos sentidos para chegar ao universo da alma, quando, então, poderá compreender suas causas e seus efeitos.



Temos de olhar o ser humano além da matéria física, cada um é um micro-universo com a mesma complexidade e com os mesmos mistérios do macro-universo. Temos de ter a ousadia e a autonomia para encontrar novos caminhos, inovar as ciências, as religiões, os sistemas criados à imagem e semelhança das personalidades humanas, questionando seus chavões, pesquisando corajosamente, deixando de ver o ser humano unicamente dentro dos livros oficiais, das bíblias do mundo, para redescobri-lo na sua totalidade, na linguagem da sua sensibilidade, da sua espiritualidade natural, na sua unidade, na universalidade da sua beleza interior e divina.



O verdadeiro Reino de Deus não está em alguma parte especial do universo, em templos feitos pelas mãos dos homens, mas sim dentro de cada um, dentro de cada célula, de cada átomo. Todos nós somos a verdadeira Obra Divina, portanto, devemos desenvolvê-la e expandi-la com consciência, justiça, paz, amor, sabedoria, dignidade, mas sem dogmas fanáticos, sem "donos da verdade" e sim, em benefício de todos, não só de alguns, 'os privilegiados'.





PAZ E LUZ!