Eu deveria ter passado por cima do meu ego, telefonado para a pessoa amada na hora em que a saudade não cabia mais no meu peito e dito “estou sentindo a sua falta”.
Eu deveria ter brincado mais com o meu cachorro, ter olhado em seus olhos e dito “eu te amo”.
Eu deveria ter sido fiel aos meus ideais, pois a pior traição é a que vem de nós mesmos.
Eu deveria ter feito uma carta no meu último dia de aula e nela ter externado toda a minha gratidão ao meu professor, pelo aprendizado a mim oferecido com ternura e dedicação, e assim, re-significado a sua missão de vida, a iluminação das consciências.
Eu deveria ter pedido desculpas quando estava errado; sei que um pedido de desculpas não corrige um desapontamento, mas liberta a alma do peso de consciência.
Eu deveria ter respeitado o ritmo dos outros na dança da vida e olhado mais para meus próprios passos errados, pois aquele que não sabe dançar conforme a música tropeça no orgulho.
Eu deveria ter assistido mais desenhos animados e lava a alma da criança em mim.
Eu deveria ter sido mais humilde de coração e dito “eu não sei” quando realmente não sabia, e assim, tiver dado a mim mesmo a oportunidade de crescer com a experiência dos outros.
Eu deveria ter dado uma festa surpresa ao meu melhor amigo e assim reunido todos os amigos para uma comemoração coletiva.
Eu deveria ter abraçado mais os meus pais nos momentos mais felizes, e não só nas horas de angústia e aflição, afinal, quem me deu à luz não merece solidão.
Eu deveria ter sido mais solidário e feito um trabalho voluntário e levado ao meu irmão pelo menos uma mão amiga.
Eu deveria ter elogiado mais as pessoas criativas, antes mesmo que elas se tornassem vencedoras, e assim, me sentir um vencedor também.
Eu deveria ter ficado calado quando o momento fosse de fofoca. E com a luz da inteligência ter apagado as trevas.
Eu deveria ter enfrentado a vida pelo sonho de ser um campeão do que ter desperdiçado meu tempo ouvindo os fracassados no banco da acomodação, sem ter vivido o que amo, pois é só na vivência do que amamos que nos encontramos em realização.
Eu deveria ter dito “não” quando a minha alma queira dizer “não”, mas antes de dizer “não” ter olhado nos olhos de quem me ouvia dizer “não” com amor e doçura.
Nas horas de aflição, eu deveria ter observado mais os vaga-lumes, e assim ter aprendido que é na escuridão que eles brilham.
Algumas pessoas passam pela vida aprisionada em si mesma, nascem e voltam para a morada invisível sem entender o sentido da vida.
Viver é uma lapidação diária, é a arte de enfrentar a si mesmo, se descobrir e se mostrar.
A vida é feita de momentos, às vezes doloridos, alguns até difíceis que nos levam a descrença de que não há uma força Divina no comando dos acontecimentos. E há outros momentos tão sublimes que parecem nos levar para um contato bem íntimo com a inteligência que há do outro lado. É pura leveza... como se nos sentíssemos envolvidos numa dança cósmica.
Só quem vive um relacionamento afetivo com a pessoa certa e faz o que ama pode entender onde está Deus.
Não deixe nada para depois... o momento exato é agora, você só tem este instante para realizar o que você sonha. Mostre quem você é e pague para ver o que acontece. Para escapar da pessoa errada, procure ser a pessoa certa, pois há uma força oculta promovendo o encontro dos semelhantes. Evite ficar se criticando e se culpando pelo que deu errado.
O passado já perdeu as cores, o futuro está longe das mãos e o presente precisa de ação.
Bola para frente, cabeça erguida! Viva o agora, porque é só pelo o hoje que podemos fluir.
Somo o rio de nós mesmos e a parte de nós que passou ontem não é mais nem rio, nem drama; simplesmente seguir direção do oceano para ser grandes... ondas vivas. Mas, apesar do seu poder, essas ondas são flexíveis... um absorver e um dissolver constante.
Tenha mais paciência com as suas próprias falhas afinal você já perdoou a tantos... porque não perdoar a si mesmo também?
Coloque alegria na sua vida. Faça como o pássaro, que mesmo preso inocentemente, faz da gaiola um palco e segue cantando, mostrando quem é o autor principal de sua história.
Evite ser mais uma daquelas pessoas que vivem dizendo “Ah, eu não tenho sorte” sem ter sequer comprado o bilhete do jogo. Faca a sua parte, pois quando agimos com postura de vencedor, o universo conspira a nosso favor.
Lembre-se: a vida é um palco, é um show desde a estreia até a despedida. Ou você entra em cena e arrebenta ou se arrebenta por não entrar.
Mova-se! O momento exato é agora!!! Ou você vence... ou certamente será vencido!
Evaldo Ribeiro – escritor
PAZ E LUZ!
Um comentário:
Caro amigo Roberto,
você escolheu um texto maravilhoso para este domingo frio.
É para ser lido e seguido a partir de agora, deste momento, sem mais demora!
tenha uma ótima semana!
Beijos,
Guta
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