sábado, 4 de maio de 2013

A jornada interior


A maioria das pessoas reage de forma automática diante de certas situações que surgem na vida. Isso é natural e saudável em determinadas circunstâncias. Por exemplo: se vemos, de repente, algo ameaçador diante de nós, nossa reação instintiva é nos preparamos para lutar ou fugir.
Até mesmo o nosso corpo responde biologicamente a esse tipo de estímulo; nosso batimento cardíaco, nosso processo respiratório... tudo se altera. Até aí tudo bem. O problema ocorre quando essa situação de estresse (tensão) persiste e toma um tamanho desproporcional e fora da realidade.
Essa falha de percepção e compreensão das circunstâncias da vida também nos leva a julgarmos os outros, condenando-os de acordo com os nossos valores morais, ainda que nossos valores não sejam lá grande coisa...
Além disso, aprendemos, desde a nossa infância, que vivemos em um mundo competitivo onde cada um deve agir por si se quiser vencer na vida. E assim vamos vivendo, dia após dia, semana após semana. No domingo mesmo já vamos dormir tristes, ansiosos, temendo a terrível segunda-feira. Isso porque o trabalho, para maioria, não significa autorrealização, mas uma forma de sobrevivência. Nos preparamos para um dia que será de competição e não de cooperação. Seja na empresa, na escola, muitos se sentem na obrigação de estar o tempo todo provando sua capacidade. E, assim, nos armamos contra o que consideramos ameaçador, julgando e condenando aqueles que nos ferem e nos sentindo cada vez piores, por mais que tentemos fugir dessa dor interior através das distrações comuns, que alienam... no consumismo daquilo que não precisamos, ingerindo aquilo que agride nosso corpo e por aí vai.

Chega! Pare de viver essa vida robotizada! Pare de viver nessa turbulência emocional, com respostas condicionadas diante das situações que surgem na sua vida. Comece agora mesmo a sentir esse “mundo” que existe dentro de você, essa alma que grita por amor, por afeto; essa inteligência que busca se desenvolver, criar... Onde estão seus sonhos? Você é uma pessoa que vive para se realizar ou apenas sobrevive num mundo caótico de seres humanos frustrados?
Você pode ser feliz! Vamos começar agora essa jornada de autoconhecimento e realização? 

Então, o primeiro passo é voltar-se para dentro de si. Comece percebendo sua respiração, relaxe os músculos, diminua as tensões... inspire e expire o ar profundamente e com calma, sem forçar. Depois, comece a se autoperceber. O que está sentindo, o que está temendo, o que passa pela sua cabeça quando está distraído... Não julgue nada, não racionalize nada, não critique... apenas perceba. A análise pode vir em outro momento. Deixe para refletir quando estiver sereno. Primeiro, apenas perceba o momento presente, a realidade do agora. 

Quando você ultrapassa as barreiras da mente, dos desejos superficiais, dos julgamentos, das carências... enfim, do ego, percebe uma voz que fala através do silêncio. É um vazio que preenche a tudo e só pode ser percebido quando você entra nesse estado de serenidade e paz interior. Neste momento, não vale a pena mais nada, a não ser o amor universal e impessoal.

Este é o primeiro passo. É a jornada que o filho pródigo faz de volta à casa do Pai. É a reintegração com o seu Eu Interior, na busca pela sua natureza de Buda ou do Cristo interno que você é, de verdade. 

Escrito por Victor Rebelo

Paz e luz!


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