domingo, 20 de março de 2011

Reencontrando a alegria de viver

Se vivenciarmos um estado de baixa energia psíquica, sentiremos desânimo, tendência à tristeza e ao pessimismo, baixa autoestima, suscetibilidade ao estresse (baixa resiliência) e vagos sentimentos de desconforto e desprazer.
                Tais sentimentos e sensações constituem os pródromos de variadas doenças psíquicas, que vão da depressão aos transtornos psíquicos de todos os matizes, passando pelos transtornos de ansiedade como fobias, síndrome do pânico e ansiedade generalizada.
                Mas, o que é energia psíquica, finalmente? Não é impulso ou capacidade física, simplesmente, ou a adrenalina que consumimos no dia a dia. Energia psíquica é uma energia especial que nos traz entusiasmo, jovialidade, alegria genuína e expectativa otimista. É vivacidade mental, felicidade no coração e espírito fortalecido na fé e na esperança.
                A energia psíquica provém de 30% de fonte física ou bioquímica e 70% de fonte psicoemocional. O balanço entre a formação desta energia e o seu gasto vai determinar nossos estados emocionais de alegria de viver ou de infelicidade.
                Se nos sentimos desenergizados, a primeira providência é diagnosticar as razões de nosso maior dispêndio de energia psíquica, que frequentemente estão relacionadas às nossas atitudes mentais frente a determinados eventos da vida, fatores de personalidade e fatores espirituais vulnerabilizadores.
                De nada adiantará recorrermos somente às fontes físicas e bioquímicas da nossa psicoenergia, ingerindo antidepressivos, estimulantes e fatores neurotróficos, como suplementos nutricionais e hormônios. É essencial efetuar mudanças em nós mesmos, em nossos valores e na forma de encarar a vida, até desenvolvendo a religiosidade, se for o caso.
                As concepções que temos da vida, de nós mesmos, das outras pessoas e dos valores mais importantes, constituem as crenças centrais de nosso ego, que irão definir os nossos pensamentos, estados de humor e comportamentos e a conseqüente resposta do ambiente. Se a nossa energia psíquica está esvaindo-se é porque alguma coisa não está certa nestes fatores. Há alguns “ralos” que precisamos identificar.
                Um dos principais ralos psicoemocionais que existem é a perda de sentido da vida, sobrevindo uma sensação de estagnação ou vazio. É preciso compreender que a noção de propósito de vida é por nós construídas e não cai em nossas cabeças como um raio ou graça divina. Mesmo na desesperança de um campo de concentração pode-se ter um sentido de propósito, como nos ensinou o psiquiatra Viktor Frankl, quando devotou o seu tempo e a sua mente ao socorro dos companheiros de infortúnio.
                O sentido da vida precisa ser renovado, reavivado e reorientado constantemente, estando muito ligado aos nossos valores mais profundos. Isto motivou Carl Gustav Jung, o criador da Psicologia Profunda, a relatar que não encontrou nenhum paciente, analisado por mais de 40 anos, cujo maior problema não estivesse ligado à religião e à religiosidade.
                Outro importante ralo psicoemocional é estar sempre com medo de decepcionar as pessoas. É importar-se demasiadamente com o que os outros vão pensar de nós. Aqui é parar de aceitar e cumprir as expectativas que os outros têm a nosso respeito. É libertar-se, aceitar-se, ser o que é.
                Não conseguiríamos enumerar todos os ralos psicoemocionais decorrentes de nossas personalidades frágeis e desadaptadas e de nossos valores equivocados.    
                É necessário esforço de análise e mudança. Contudo, permanece a esperança de que é possível resgatar nossas fontes energéticas e voltar a reencontrar a primitiva alegria de viver que um dia já experimentamos. Basta constatarmos onde, no passado, perdemos contato com a vida e com nossa natureza original.

Dr.Luiz Antônio de Paiva- AME-GOIAS.
PAZ E LUZ!
                

domingo, 13 de março de 2011

As mães de Chico Xavier

Mais um filme espírita chega às telas do cinema brasileiro neste mês. O longa-metragem As Mães de Chico Xavier vem para finalizar as comemorações ao centenário do médium, completado em 2010.
De acordo com o produtor do filme, Luis Eduardo Girão, os filmes chamados “transcendentais” não são uma onda, como têm sido categorizados, mas sim um novo gênero.

Tudo começou, segundo ele, com Bezerra de Menezes - O Diário de um Espírito, que levou meio milhão de pessoas aos cinemas. Depois veio Chico Xavier, com dois milhões, e Nosso Lar, com quatro milhões de espectadores.
“Nenhum desses filmes veio com o objetivo de doutrinar. Foram feitos para levar uma cultura de paz para as pessoas, mensagem de fraternidade, esperança e tolerância. Esse filme se comunica bem com todas as pessoas”, declara.
Inspirado na obra Por Trás do Véu de Ísis, do jornalista Marcelo Souto Maior (biógrafo que também abasteceu o roteiro de Chico Xavier), o filme narra a história de três mães que veem suas vidas mudarem repentinamente. “Foram oito meses de pesquisa e dezenas de famílias catalogadas. Apenas três foram escolhidas para terem suas histórias contadas no filme, porque falam de assuntos que ainda acontecem, como aborto, drogas e violência urbana”, detalha.
Luis garante que o filme faz com que as pessoas sintam-se bem, embora aborde temas polêmicos. “As pessoas saem da sala do cinema querendo valorizar suas relações familiares, viver o agora”. Ao final foram cinco semanas de filmagens com 90% da cenas gravadas no Ceará. Os outros 10% foram feitas na cidade natal de Chico, Pedro Leopoldo (MG).

 Larissa Santiago
PAZ E LUZ!

As Mães de Chico Xavier [TRAILER OFICIAL]

terça-feira, 8 de março de 2011

O mundo está ficando pior?


Ouço de vez em quando algumas pessoas dizerem que o mundo está ficando cada dia pior para se viver, demonstrando com isso um negativismo e um pessimismo que me incomoda ainda, e tento mostrar a essas pessoas que isso não é verdade, e busco convencê-las do contrário.
Voltando um pouco no tempo, uns sessenta anos, ou seja, ao ano 1950, antes de meu nascimento, ainda não existia televisão no Brasil, e na maior parte do mundo. Os meios de comunicação naquele tempo eram jornais e rádio, sendo que nem todos ouviam rádio, e nem todos liam jornais.
Naquele tempo já aconteciam crimes, havia já corrupção, e muita, e havia muito mais guerras pelo mundo afora, mas aqui no Brasil não se ficava sabendo de tudo o que acontecia pelo mundo.
Nem todas as coisas ruins que aconteciam no Brasil e no mundo eram noticiadas, e nem todos ficavam sabendo das notícias. A falta de informações sobre os crimes dava uma maior sensação de segurança às pessoas, pois não se sabia muito acerca dos crimes diários nas cidades.
Hoje, no ano 2010, temos no Brasil inúmeras emissoras de TV, inúmeros jornais, inúmeras revistas semanais com grande parte de matéria de cunho jornalístico, inúmeras rádios, tudo em grande quantidade, sem falar nos meios de comunicação na internet, tudo prestando informações diárias, semanais, e muitas vezes instantâneas.
Hoje, um crime cometido pela manhã já é notícia nos telejornais do meio-dia, e instantaneamente já estão divulgados na internet, em sites de notícias. Há um fator que sempre chamo a atenção, e que nem todos se dão conta. Os meios de comunicação (a mídia) vendem muito mais dando notícias ruins, estrondosas, escandalosas, como crimes hediondos, assaltos com morte, seqüestros, assassinatos, escândalos de corrupção, guerras, atentados terroristas, etc. E por isso essas notícias são mais divulgadas, e normalmente as manchetes de revistas e jornais são chamativas com notícias ruins.
Os telejornais já abrem com chamadas de assaltos espetaculares, assassinatos, escândalos de corrupção, ameaça de guerra, atentados terroristas, etc. Porque as pessoas se impressionam e ficam ligadas na TV ao ouvirem tais notícias.
Para cada dez notícias ruins, há uma boa. Podem reparar. E por isso algumas pessoas dizem, e com razão, que os telejornais hoje “espirram sangue”, ou que “se espremer o jornal sai sangue”, etc.
Saio nas ruas diariamente em Salvador, vou a São Paulo com certa frequência, ou ao Rio de Janeiro, e nunca fui assaltado na rua, ou em shopping, ou em restaurante. Conheço pouca gente que foi assaltada dessa forma.
Não quero dizer que isso não acontece, ou que não existe. Não é isso! Apenas quero dizer que as ruas não estão dominadas pelos criminosos, pelos bandidos, que as cidades estão nas mãos dos bandidos, etc, como muitos falam.
Outra coisa que as pessoas não falam, e não se dão conta, pois estão presas apenas aos jornais sanguinolentos, é que muitas coisas boas estão acontecendo nas cidades diariamente, e em quantidade muito superior aos assaltos, aos assassinatos e acidentes de trânsito.
Se você pegar agora mesmo um jornal de grande circulação de sua cidade verá que estão acontecendo congressos maravilhosos, sobre coisas importantes para a sociedade, seminários, encontros, eventos religiosos, palestras fantásticas, etc, e você não participam de nada disso. Fica apenas em casa assistindo na TV apenas as notícias ruins e deprimentes.
Ontem devem ter morrido em Salvador umas quatro pessoas de forma violenta talvez, como de costume; devem ter ocorrido alguns assaltos, alguns acidentes de trânsito, e algumas outras coisas ruins devem ter acontecido por aqui na minha cidade. Mas quantas coisas boas aconteceram? Quantas palestras excelentes em centros espíritas, na Ordem Rosa cruz, na Sociedade Teosófica, quantas pregações maravilhosas devem ter havido nas igrejas das diversas religiões, quantos seminários, quanta caridade foi praticada nesta cidade nas entidades de cunho religioso, místico, etc?
Essas coisas não são divulgadas pela mídia! E por quê? Porque não vende! E por que não vende? Não há quem se interesse em comprar jornais, revistas ou assistir um telejornal falando dessas coisas? Será mesmo? É uma boa reflexão para nós!
Há muito mais coisas boas acontecendo agora em sua cidade, como também na minha, do que as coisas ruins que estão agora sendo noticiadas na mídia de todos os tipos.
Às vezes chamo a mídia sanguinolenta de imprensa “vampira”! Porque gosta de sangue!
Talvez nós sejamos meio vampiros também, pois compramos os jornais sanguinários, a revista sanguinária assistiu os telejornais sanguinários, etc.
Nós alimentamos essa mídia “vampira”, e ela por sua vez nos alimenta! Há um conluio, há uma simbiose, na qual cada um dá ao outro o que o outro gosta! Nós nos alimentamos mutuamente!
Quando olhamos para trás, em termos de guerra, vemos que o mundo até o século 19 não ficava dez anos sem ter uma guerra, por menor que fosse a algum lugar.
No século 20, tivemos duas grandes guerras mundiais, uma entre 1914 e 1918 e outra entre 1939 e 1945. E tivemos guerras menores, e localizadas, como a guerra da Coréia, a guerra do Vietnam, a guerra da Bósnia e alguns outros menores, além de revoluções como a da Rússia em 1917, a da China em 1949 e a de Cuba em 1959, e algumas guerrilhas, como a de Angola. O Mundo tem armas nucleares, atômicas, desde 1945, e muitos países hoje a possuem, até a Índia e o Paquistão. Mas somente duas bombas atômicas foram lançadas até hoje em cidades, matando seres humanos, e isso foi no longínquo ano de 1945, no Japão, nas cidades de Hiroshima e Nagasaki, pondo fim à Segunda Guerra Mundial, com a rendição do Japão. Acaso essas armas tivessem sido inventadas antes, até a Idade Média, quantas bombas atômicas já não teriam sido lançadas sobre o país inimigo?
A criação de organismos internacionais como a Liga das Nações, da ONU e da OTAN já impediram muitas guerras nos últimos 90 anos! E isso foi um grande avanço da civilização! A ONU já fez intervenções em vários conflitos, pondo fim a ele, ou impedindo que ele começasse, mesmo usando a força, mas com isso impediu muito mais mortes, o que também a OTAN fez, como na Bósnia, onde havia um massacre étnico no final do século 20. Tratados internacionais, acordos internacionais, cortes internacionais para julgar crimes contra a humanidade. Nada disso existia há cem anos.
Hoje, se uma nação ameaça outra, a ONU intervém, inicialmente com sanções econômicas, e depois, se preciso for, com o uso da força, e com isso evita conflitos maiores e mais sérios.
Não há ainda organismos internacionais perfeitos, totalmente isentos de influência política, mas eles estão se aperfeiçoando cada vez mais, e hoje a sua existência é muito melhor do que antes de eles existirem. Isso é inegável!
A tirania, as “limpezas étnicas”, os genocídios, as invasões de territórios, etc, estão diminuindo a cada dia mais no mundo, pois hoje a mídia está em toda parte, com câmeras escondidas filmando tudo, as pessoas possuem aparelhos celulares que filmam e já enviam pela internet instantaneamente, há satélites espiões, etc, e tudo isso serve para inibir cada vez mais as ações desumanas pelo mundo. Isso é bom!
Em grande parte da Europa, principalmente nos países mais equilibrados social e economicamente, os índices de criminalidade são tão baixo que a nossa mídia nem noticia nada de lá.
O nível de vida, a qualidade de vida em países como Noruega, Canadá, Finlândia, Islândia, França, Inglaterra, e tantos outros hoje é uma coisa maravilhosa de se ver. Não vemos mendigos pelas ruas nesses países, salvo uns raros, e normalmente imigrantes.
A medicina avançou imensamente no mundo no século 20, e continua avançando e salvando vidas, e aumentando a expectativa de vida do homem.
Doenças bobas que matavam há cem anos não assustam mais. Vacinas foram e continuam sendo criadas, impedindo a paralisia infantil e tantas outras doenças hoje quase totalmente erradicadas no mundo.
Os psicopatas, ou portadores do Transtorno de Comportamento Antissocial, hoje são apenas 4% no mundo, segundo pesquisas, e dentre eles apenas 1% é composto pelos criminosos violentos, dentre os quais alguns raros se tornam um Serial killer. É uma minoria muito pequena dentro da sociedade humana. Isso era muito mais grave há 500 anos, há 2.000 anos, etc. Quanto mais para trás, provavelmente mais gente tinha um comportamento que hoje seria considerado psicopata, pois a sociedade era muito mais injusta e “promovedora” desse comportamento antissocial.
A educação se popularizou muito no mundo em cem anos. Hoje grande parte das crianças, adolescentes e jovens está nas escolas. As cidades hoje possuem água encanada, sistema de esgoto, luz elétrica, ruas asfaltadas, sistema de transporte público, com preços diferenciados para idosos e estudantes, polícia, governos organizados, sistema de saúde gratuito, sistema de coleta de lixo, concurso público, etc.
Mesmo que se diga que nada disso é perfeito, e concordo plenamente, é preciso pensar que há cem anos as coisas eram muito piores. Não faz muito tempo que nós carregávamos água, fazíamos as necessidades em pinicos durante a noite, deixando-os debaixo da cama, ou tínhamos que sair de casa para irmos ao quintal para usar o banheiro. E usávamos luz de vela, de candeeiro ou de lampiões, tomávamos “banho de cuia”, ou em banheiras, lavávamos todas as roupas à mão, na beira do rio, viajávamos do Rio a Salvador a cavalo ou carruagem levando uma semana ou mais tempo. Ou íamos da América à Europa de navio em uma semana.
Hoje pegamos um avião do Brasil até a Índia, ou ao Egito, e no dia seguinte estamos lá.
Vamos de Salvador a São Paulo em apenas duas horas de vôo! Temos centros de loja fantásticos nas cidades grandes, os grandes shoppings Center, onde encontramos quase tudo, sem maior perda de tempo! Temos TV a cabo, computador em casa cada vez mais veloz, com internet sem fio, via rádio, telefone celular, automóvel, metrô, avião, polícia e justiça, ainda que ainda não tão eficientes como se faz necessário. Mas há cem anos tudo era muito mais precário, acredite!
O mundo está hoje muito melhor para se viver, para se criar filhos, se compararmos com a Idade Média! A possibilidade de um ditador megalomaníaco, psicopata mesmo, invadir ou bombardear o seu país para anexar o seu território hoje é remota! Lembre-se que Hitler em 1938 iniciou a fazer isso e ninguém o impediu, e ao final da Segunda Guerra 60 milhões de pessoas havia morrido!
Hoje quando há um acidente de carro numa rua, em poucos minutos chega uma ambulância da Samu, e isso é uma realidade que vejo em minha cidade diariamente. Pense num acidente de carro em 1930. Quanto tempo levaria para alguém ser socorrido? Pense num acidente de cavalo em 1789. Que socorro haveria? No tempo dos duelos a espada, quem fosse furado podia morrer em poucos minutos ou em poucas horas. Hoje até os bandidos e policiais baleados em confrontos são levados ao pronto-socorro com muita chance de sobrevivência. A transfusão de sangue faz maravilhas! Isso é muito recente no mundo!
Não nos deixemos envolver pela onda pessimista!
Abra os olhos e a mente e estude história para ver o quanto a humanidade e a sociedade melhoraram!
O mundo hoje é infinitamente melhor para viver!
As pessoas não saem mais à rua com armas na cintura à mostra, como nas cidades do oeste americano, como vemos nos filmes de cowboy.
Já não levamos mais espadas na cintura, ao sairmos para as ruas, como na antiguidade.
Hoje é muito mais provável que você volte para casa depois do trabalho do que há cem anos!
Deixemos de ficar tristes e deprimidos após o telejornal, e não assistamos todos os dias esses telejornais sanguinolentos.
Vamos olhar as coisas boas acontecendo ao nosso redor em nossa cidade!
Pessoas boas estão fazendo palestras abertas e gratuitas sobre coisas boas; pessoas de bom coração estão fazendo muito mais caridade e praticando boas ações do que os crimes que os desajustados estão cometendo na sua cidade no mesmo momento.
Há muito mais coisas boas acontecendo, só que o mal é ruidoso, enquanto o bem é silencioso. E a mídia não tem interesse em divulgar as coisas boas, porque isso não dá IBOPE! E a culpa disso é nossa, que ainda perdemos tempo assistindo ou lendo as coisas ruins e depois vamos contagiar a todos com o nosso pessimismo dizendo que “o mundo está cada vez mais violento”, e que “por isso não vamos colocar filhos no mundo”, etc.
Otimismo! O mundo não está ficando pior! O mundo está ficando cada vez melhor! E ainda pode ficar melhor! Só depende de nós!
 Luiz Roberto Mattos
PAZ E LUZ!

sábado, 5 de março de 2011

Crise na educação e a influência dos espíritos



Livro do espírito Vinícius (Pedro de Camargo, educador espírita), psicografado pela médium Eliane Macarini, explica a atuação das organizações das trevas nas escolas

Nunca se viu antes uma degradação tão grande do setor da Educação no Brasil: professores agredidos em sala de aula, drogas nos pátios, brigas entre gangues à saída do período letivo e depredação dos prédios das escolas.
Os políticos, independentemente da coloração partidária, sempre colocam a Educação como prioridade em suas campanhas eleitorais. Porém, passadas as eleições, o que se vê é a pauperização da categoria dos professores, a falta de reciclagem dos mestres (antigamente eles eram chamados assim) e os investimentos na área sendo desviados para outros fins.
O tema é recorrente, opiniões e soluções não faltam para o “salto de qualidade” da Educação em nosso país. Agora, contudo, um novo enfoque para o problema foi trazido à luz pelo Espiritismo e pelo trabalho da médium Eliane Macarini, juntamente ao espírito Vinícius, pseudônimo adotado pelo grande educador espírita Pedro de Camargo, orador e incentivador do desenvolvimento das escolas da Federação Espírita do Estado de São Paulo, desencarnado em 1966.
A dupla é responsável por um dos livros mais importantes da recente literatura espírita. Lançado em março deste ano pela Lúmen Editorial, a obra Comunidade Educacional das Trevas – Um alerta para pais, professores e alunos veio trazer uma nova visão a respeito do tema ao incluir a obsessão como ingrediente fundamental na análise de tanta degradação. A situação deprimente nos colégios e estabelecimentos de ensino (públicos ou particulares) é reflexo da atuação de espíritos inferiores escravizados e treinados na Comunidade Educacional das Trevas, região especializada em criar perturbações na área escolar, visando, sobretudo, desvirtuar jovens ainda sem a devida força interior para rechaçar o mal. Esses jovens, presas fáceis para obsessões, começam a mudar o comportamento insuflados por idéias planejadas na Comunidade, cujas estratégias inferiores de ação são comandadas por espíritos inteligentes e preparados, só que voltados para o mal, como é o caso de Tibério, um dos líderes da Comunidade Educacional das Trevas.
“Vinícius é um espírito preocupado com a educação e o desenvolvimento espiritual de nossos jovens”, confirma a médium Eliane Macarini, que reside na cidade de Ribeirão Preto, em São Paulo. “E, além disso – completa – é também um especialista em estudos da obsessão”. E é verdade: os outros três livros de Vinícius (Pedro de Camargo) abordam justamente casos difíceis de intrincadas obsessões. São eles: Obsessão e Perdão, Resgate na Cidade das Sombras e Aldeia da Escuridão, todos abordando a difícil transição de um espírito das trevas à luz.
Quanto ao tema da Educação, será que tudo está perdido? Nossos filhos e netos estarão irremediavelmente perdidos nas garras das gangues escolares influenciadas por espíritos inferiores? “Não, tudo já está mudando”, afirma Eliane Macarini. “Vinícius nos mostra em seu livro que uma plêiade de espíritos abnegados trabalha incansavelmente para neutralizar as forças do mal. Falanges de luz preparam-se para reencarnar na área da Educação e trazer de volta para as escolas os valores essenciais à evolução do ser humano”, conforta a médium.
Nós, aqui no plano físico, temos que fazer a nossa parte. Já faríamos muito se efetivamente transformássemos a Educação em prioridade: investimentos, salários dignos, reciclagem, conhecimento compartilhado e todas as crianças dentro das escolas. Afinal, só se neutraliza o mal fazendo o bem, essa é a melhor política.

Celso Maielari – RCE 87.
PAZ E LUZ!